Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


First record of the tadpole shrimp Triops cancriformis (Lamarck,1801) (Crustacea: Branchiopoda: Notostraca) in Portugal

    1. [1] Universidade do Algarve

      Universidade do Algarve

      Faro (Sé), Portugal

    2. [2] Universidade de Évora

      Universidade de Évora

      Senhora da Saúde, Portugal

    3. [3] Universidade de Lisboa

      Universidade de Lisboa

      Socorro, Portugal

  • Localización: Limnetica, ISSN 0213-8409, Vol. 36, Nº. 2 (Octubre), 2017, págs. 543-555
  • Idioma: inglés
  • Títulos paralelos:
    • Primeiro registo do grande branquiópode Triops cancriformis (Lamarck, 1801) (Crustacea: Branchiopoda: Notostraca) em Portugal
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      Crustáceos identificados como Triops cancriformis (Crustacea, Notostraca) de acordo com os critérios morfológicos actualmente adoptados, foram registados pela primeira vez em Portugal em 2007. Todos os Triops anteriormente encontrados em Portugal pertencem a espécies da linhagem mauritanicus, ou seja T. vicentinus ou T. baeticus. A identificação de uma amostra existente no Museu de Coimbra e referida como T. cancriformis (Carvalho, 1944) foi emendada para T. baeticus em 2014, por M. Machado, após análise morfológica. Em 2007, foram observadas centenas de indivíduos de T. cancriformis nos arrozais da margem norte do rio Sorraia (Vale do Sorraia, Coruche). Prospecções mensais durante a época das chuvas nos últimos 9 anos, não voltaram a evidenciar abundâncias tão elevadas, tendo-se apenas observado alguns indivíduos em sulcos inundados deixados por camiões e máquinas agrícolas nas margens elevadas de alguns canteiros de arroz. Este reduzido número de indivíduos observado nos últimos anos resulta, possivelmente, de alterações nas condições ecológicas. Não se encontraram, até agora, indivíduos machos de T. cancriformis, o que pode indicar que a população observada é androdióica, ou hermafrodita, ou partenogenética. Esta situação contrasta com as outras populações confirmadas desta espécie na Península Ibérica, que são gonocóricas. Linhagens partenogenéticas/hermafroditas/androdióicas, presentes no Norte e Centro da Europa, são consideradas como tendo derivado de populações gonocóricas ibéricas no Pleistoceno, o que torna esta descoberta ainda mais interessante em termos evolutivos. Terá essa população resultado de uma recolonização recente com origem em populações não-ibéricas? Ou derivará directamente do assumido refúgio pleistocénico Ibérico? A capacidade potencialmente elevada de dispersão de cistos de Triops em diapausa e a possibilidade de reprodução hermafrodita/partenogenética favorecem a hipótese de recolonização recente a partir de (i) cistos transportados por aves migratórias possivelmente provenientes do sul de França ou do norte de Itália e que são regularmente vistas a alimentarem-se nestes campos de arroz ou de (ii) cistos inadvertidamente introduzidos via sementes de arroz utilizadas no Vale do Sorraia. Ambas as possibilidades estão em conformidade com o pressuposto de que o modo reprodutivo não gonocórico confere vantagens de dispersão e colonização relativamente a populações gonocóricas, que não evidenciam capacidade de dispersão rápida a longa distância. Espera-se que uma futura análise filogenética multilocus possa vir a esclarecer a origem de T. cancriformis nos arrozais do Sorraia.

    • English

      Notostracan crustaceans identified as Triops cancriformis according to the presently accepted morphological criteria were recorded for the first time in Portugal in 2007. All previous records of Triopsin Portugal belong to mauritanicuslineage species i.e. T. vicentinus or T. baeticus. A specimen purportedly belonging to T. cancriformis (Carvalho, 1944) has been re-identified by Machado in 2014 as T. baeticus after morphological examination. During 2007, hundreds of individuals of T. cancriformis were observed throughout the rice paddies on the northern margin of Sorraia River (Vale do Sorraia, Coruche). In the last 9 years, monthly checks during the rainy season have failed to record high population abundances and only a few specimens have been observed in the flooded tracks left by trucks and other heavy machinery on the elevated margins of the paddies. The low number of individuals observed in the latter years possibly results from changes of ecological conditions. Thus far, males of T. cancriformis have not been recorded, which may indicate that the observed population is either androdioecious or made of hermaphrodite or parthenogenetic populations. This situation contrasts with the other confirmed populations of this species in the Iberian Peninsula that are gonochoric. Parthenogenetic/hermaphrodite/androdioecious lineages, present in Northern and Central Europe, are considered to have derived from gonochoric Iberian populations in the Pleistocene which makes this finding all the more interesting in evolutionary terms. Has this population resulted from a recent recolonization from non-Iberian populations? Or has it derived directly from the assumed Iberian Pleistocene refuge? The potentially high dispersal abilities of Triops diapausing cysts and the possibility of hermaphrodite/parthenogenetic reproduction favour the 1st hypothesis of recolonization. Possible sources of individuals are (i) cysts attached to migratory birds arriving possibly from Southern France or Northern Italy and that are regularly seen feeding at these rice fields or ii) cysts unwittingly transported with the rice seeds used in the Vale do Sorraia. Both are in accordance with the assumption that nongonochoric reproductive mode confers a colonization advantage over gonochoric populations, which lack evidence of fast long distance dispersal ability. Future multilocus phylogenetic analysis is expected to clarify the origin of T. cancriformis found in the Sorraia’s rice fields.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno