Natália Gonçalves de Souza Santos, Eduardo Vieira Martins
We intend to analyze a piece of the critic project of the romantic writer Álvares de Azevedo (1831 – 1852), taken from the preface written to the work O conde Lopo (1848). In this text, specifically in the discussion about the autonomy of the beauty and its relation to the artistic moral purpose, the author keeps an intense dialogue with writers of Western literary tradition, notedly Théophile Gautier and his preface to the novel Mademoiselle de Maupin (1835) – as Azevedo looks for legitimation of a critic and aesthetic proposition different from those which can be identified with the preface of Gonçalves de Magalhães for Suspiros poéticos e saudades (1836), whose hegemony was still considerable in the Brazilian literature of that time. Observing such points, we tend to see Azevedo as an author who promotes an amalgam of distinct literary positions, aiming to elaborate a new one, which could work as an option in the Brazilian Romanticism scenary.
Pretende-se analisar uma parte do projeto crítico do escritor romântico Álvares de Azevedo (1831 – 1852), a partir do prefácio escrito à obra O conde Lopo (1848). Neste texto, ao discutir a autonomia do belo em relação ao fim moral da arte, o autor mantém intenso diálogo com escritores da tradição literária ocidental, especialmente Théophile Gautier e seu prefácio ao romance Mademoiselle de Maupin (1835) – na medida em que procura legitimar e oferecer uma proposta crítica e estética distinta daquela que pode ser identificada com a expressa no prefácio aos Suspiros poéticos e saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães, cuja hegemonia ainda era considerável na literatura brasileira de então. Azevedo promove, assim, um amálgama das diferentes posturas literárias na elaboração de uma nova, que pudesse funcionar como uma opção no cenário do Romantismo brasileiro.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados