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Resumen de Fabricação de ideias e identidades na historiografia literária lusa e brasileira: começa a literatura brasileira com um romance, feminista e político escrito por uma mulher?

Eva Loureiro Vilarelle

  • A literatura, particularmente nas esferas do ensino e os meios de comunicação, joga historicamente roles importantes na configuração da identidade, a coesão e o reconhecimento intra e extra-comunitário. O peso do literário está em dependência das necessidades dos grupos que promovem esses objectivos e de que estes possam ou não ser realizados por outros meios. Para isso, os historiadores da literatura fabricam ideias que funcionam como referências simbólicas e programas de acção para os seus destinatários. Algumas destas prendem-se com elementos fundacionais, onde se pretende a articulação coerente entre 'o início da nação' e o início da sua literatura, de tal maneira que como aquela se defina deve definir-se esta (língua, origem, território, etc.): por exemplo, para o caso galego e português, Galiza e Portugal, de alguma maneira começam quando começa a sua expressão artística em galego-português com as cantigas medievais. E a literatura brasileira, quando começa? Porque o seu começo está ligado à própria história da nação e aos valores referenciais que de aí se deduzirem. Pois bem, neste sentido, parte da historiografia brasileira reclama para si Teresa Margarida da Silva e Orta, mulher, nascida em São Paulo, que viveu quase toda a sua vida em Portugal e que escreveu um romance (1752) que admite uma leitura feminista, quase 'avant la lettre' actual, e política: A historiografia portuguesa negligencia-a, talvez porque, até agora, isto pouco acrescenta à fabricação dos seus símbolos e referentes e nada à sua 'ideia de nação'. Mas para a brasileira fará que ela possa situar o seu momento fundacional em meados do século XVIII, iniciada com um romance (género de prestígio), escrito por uma mulher e com objectivos de intervenção política progressista e feminista, ideias atractivas, atingindo um valor forte na reconstrução historiográfica nacional: eis este processo o que esta comunicação visa estudar.


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