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Resumen de Àgora no dialecto minhoto

Sílvia Afonso Pereira

  • Este estudo apresenta uma análise do marcador de negação metalinguística àgora, produtivo numa área específica do território português: o dialecto do Minho. Tendo como ponto de partida a distinção fonética existente nesse dialecto entre o advérbio temporal (agora) e o marcador de negação (àgora), faço, neste trabalho, uma descrição detalhada das frases negativas com àgora. Tomo como referência os trabalhos de Horn (1985, 1989), Martins (2010) e Pereira (2010, 2011) e assumo que as construções em análise representam um tipo particular de negação: a negação metalinguística, tal como definida por Horn (1985, 1989).

    O objectivo central é evidenciar que as construções com àgora do dialecto minhoto exibem um comportamento sintáctico específico comparativamente a outras áreas dialectais (nomeadamente os dialectos centro-meridionais), em que o mesmo tipo de negação é codificado através de agora. Assim, seguindo uma abordagem contrastiva que torne claras as diferenças existentes, aponto e discuto um conjunto de especificidades associadas a àgora: em oposição ao que acontece nos outros dialectos, àgora (i) é um marcador pré-verbal com requisitos de primeira posição; (ii) estabelece uma relação muito clara com a noção de elipse;

    (iii) associa-se apenas a um conjunto limitado de constituintes;

    (iv) interpretativamente, relaciona-se fortemente com o conceito de proeminência discursiva. A base empírica deste estudo assenta essencialmente nos meus juízos enquanto falante nativa do dialecto minhoto, tendo recorrido, quando necessário, a juízos de outros falantes para confirmar as minhas intuições.


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