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Cabra Marcado para Morrer: da história do cabra à história do filme

  • Autores: Ana Lee Fares de Quieroz, Fernão Pessoa Ramos (dir.)
  • Localización: DOC On-line: Revista Digital de Cinema Documentário, ISSN-e 1646-477X, Nº. 1, 2006, págs. 176-177
  • Idioma: portugués
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  • Resumen
    • 20 anos após o lançamento, o filme Cabra Marcado Para Morrer, de Eduardo Coutinho levantou e continua levantando uma série de questões ligadas à cinematografia brasileira contemporânea, em termos de linguagem, história do cinema, história do país, e ainda à própria obra do cineasta que é hoje um dos mais representativos do Brasil. Por ter atuado ao longo dos mais de 30 anos (de 1964 até os dias atuais) com uma obra ficcional e documentária de valor reconhecido, autores continuam se debruçando sobre seus filmes, em atividades de análise e pesquisa histórica. Mesmo que 20 anos tenham se passado desde o lançamento do filme Cabra Marcado Para Morrer, este continua um marco qualitativo da cinematografia brasileira (vide as últimas enquetes de �melhores filmes�) e uma referência em termos de inovação estilística no documentário. Quando Eduardo Coutinho decide retomar, em 1981, o projeto do filme que contava a vida e a morte do líder camponês João Pedro Teixeira, e que fora interrompido pelo golpe militar de 1964, suas intenções, segundo ele próprio, são de apurar a história da luta camponesa, a experiência da filmagem interrompida em 1964, a história real da vida de João Pedro e, claro, a trajetória de cada um dos participantes até aquele momento presente. Como documentário, Cabra Marcado Para Morrer é um relato de como a vida de todas as pessoas envolvidas e sua confecção foi profundamente marcada pelo momento histórico do país. O Cabra de 84 representa um emaranhado de relações e de indicadores do modo como a História age no filme (do momento de sua concepção pelo CPC até o de sua retomada pelo cineasta apenas) e na esfera privada. Em contrapartida, tem-se ainda a atuação do filme sobre a História (como forma de reelaboração e de revisão do fatos, e até mesmo da construção de discurso) e sobre a vida particular dos camponeses retratados por Coutinho. A grande transformação de Cabra Marcado Para Morrer em relação ao docudrama que deu-lhe origem está justamente no fato do cineasta ter incorporado ao filme terminado todos os percalços do seu início, as transformações na história do país e, principalmente, a nova ética prescrita ao documentário, a partir da ética presente no cinema verdade e da própria experiência de Coutinho, adquirida em seus anos de trabalho na televisão, no atuação do filme sobre a História (como forma de reelaboração e de revisão do fatos, e até mesmo da construção de discurso) e sobre a vida particular dos camponeses retratados por Coutinho. A grande transformação de Cabra Marcado Para Morrer em relação ao docudrama que deu-lhe origem está justamente no fato do cineasta ter incorporado ao filme terminado todos os percalços do seu início, as transformações na história do país e, principalmente, a nova ética prescrita ao documentário, a partir da ética presente no cinema verdade e da própria experiência de Coutinho, adquirida em seus anos de trabalho na televisão, noatuação do filme sobre a História (como forma de reelaboração e de revisão do fatos, e até mesmo da construção de discurso) e sobre a vida particular dos camponeses retratados por Coutinho. A grande transformação de Cabra Marcado Para Morrer em relação ao docudrama que deu-lhe origem está justamente no fato do cineasta ter incorporado ao filme terminado todos os percalços do seu início, as transformações na história do país e, principalmente, a nova ética prescrita ao documentário, a partir da ética presente no cinema verdade e da própria experiência de Coutinho, adquirida em seus anos de trabalho na televisão, no programa Globo Repórter.


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