A presente pesquisa buscou compreender como seis crianças de 4 a 5 anos, que já estudavam juntas projetavam sentimentos e emoções nas relações afetivas estabelecidas no jogo simbólico. O campo de pesquisa foi uma creche municipal de um bairro de periferia, da cidade de Caratinga, região do Leste de Minas Gerais, Brasil. Durante as sessões de Educação Psicomotora, que teve como estratégia o jogo simbólico livre e espontâneo, as crianças exteriorizaram diferentes emoções de raiva, ansiedade, alegria, choro e sentimentos de agressividade física com o objeto, com o outro seu igual e com o adulto. A pesquisa apresenta que cada criança é singular, no seu processo de construção e reconstrução das emoções na sessão de Educação Psicomotora, onde cada uma apresenta e personifica papéis que refletem o seu desejo inconsciente de serem compreendidas, acolhidas e amadas. Desse modo, a pesquisa retrata que a Educação Psicomotora é muito mais que um trabalho dirigido, é sim um momento em que as crianças criam suas dramatizações, trabalham em grupo e, ao mesmo tempo, desenvolvem o aspecto psicomotor: mente/corpo de forma prazerosa e lúdica, superando seus medos, angústias e construindo sentimentos de respeito e cooperação na relação afetiva com o outro.
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