A performance de jogadores de futebol está intimamente ligada ao seu treinamento e sua possibilidade de recuperação. As condições de treinamento e alimentação em clubes de distintas divisões são singularmente diferentes. No presente estudo comparamos o perfil hematológico e bioquímico de duas equipes de jogadores do futebol brasileiro, uma da primeira divisão (EqP) e outra da terceira divisão (EqA) na fase de pré-temporada. As equipes tinham diferentes condições de treinamento, alimentação e de suporte multiprofissional que estavam relacionadas à estrutura do clubes a que pertenciam. Os atletas foram avaliados hematologicamente e bioquimicamente em jejum no dia da sua apresentação ao clube. A análise do setor vermelho dos atletas da EqP mostrou uma maior saturação de hemoglobina, assim como um setor branco diferenciado, com leucometria maior em aproximadamente 37%, iminentemente entre os neutrófilos e monócitos (p < 0,05). A análise de indicadores nutricionais do grupo da primeira divisão revelou também uma maior reserva de macronutrientes com concentração mais elevada de glicose, triacilgliceróis e albumina sanguineos. Em adição a concentração sanguinea de creatinina e uréia da EqP foram maiores sugerindo maior turnover protéico. Nossos achados podem indicar que a EqP da primeira divisão conta com atletas com maior condição nutricional e melhor possibilidade de recuperação pós-exercício e sugerem a possibilidade de acompanhamento de equipes desportivas através de análises bioquímicas com o objetivo de melhora de performance.
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