O presente ensaio constitui um comentário crítico à tese de Paul Virilio de que certo tipo de práticas na fronteira entre a arte e a tecno-ciência, práticas a que se convencionou chamar "bio-arte", epitomizam o radicalismo expressionista e niilista do presente. A investigação aqui iniciada revela, através de um olhar sobre as práticas artísticas de Eduardo Kac, que estas, longe de apelarem a tal radicalismo, só se tornam operativas e significativas numa atmosfera de compromisso ético e político que é tomada como inescapável dada a relevância que assumem as bio tecno-ciências no mundo contemporâneo.
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