Neste trabalho é testado o papel dos mecanismos de governo das sociedades no constrangimento das práticas de gestão de resultados em Portugal. Os testes empíricos realizados para uma amostra de 152 sociedades cotadas na bolsa de valores de Portugal, para os anos de 2002 a 2004, na generalidade, não confirmam a existência de uma associação entre a adopção de bons mecanismos de governo das sociedades e a redução das práticas de gestão de resultados. As excepções encontradas, em certa medida, são a existência e independência do Comité de Auditoria e a existência de uma maioria de administradores independentes no órgão de administração. Os resultados obtidos apresentam ainda algumas reservas, quanto à aplicação de modelos de governo das sociedades, de natureza Anglo-Saxónica, num diferente ambiente institucional. Nesse contexto, é encontrada a existência de uma relação positiva entre a prática de gestão de resultados e a existência de uma maioria de administradores institucionais no órgão de administração
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