Resumen de Práticas de linguagem na TV
Raquel Goulart Barreto, Glaucia Campos Guimarães
Este texto pretende analisar as maneiras pelas quais as práticas de linguagem se articulam na/para a produção de sentidos. Com base no pressuposto de que palavras, imagens e sons são intencionalmente combinados, três possibilidades (Barreto, 2002) são examinadas e exemplificadas. A primeira delas corresponde ao que chamamos "articulação por convergência", caso em que as matérias significantes funcionam para reforçar umas às outras. A segunda, "articulação por divergência", equivale a remeter a referências e direções diversas, de tal modo que os sentidos captados dependem do foco assumido pelo leitor/espectador. Finalmente, a terceira possibilidade não diz respeito apenas à configuração de cada unidade de significação, na maioria das vezes pela supressão de elementos, mas também à seqüência em que a unidade está inscrita, como efeito produzido pela contigüidade. Este texto também discute as tendências discursivas contemporâneas, nos termos em que definidas por Norman Fairclough (2001): "democratização, comodificação e tecnologização". Em síntese, está centrado na dimensão ideológica da produção e da negociação dos sentidos nos programas de TV, a partir da análise crítica de exemplos brasileiros.
