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Resumen de A resiliência nos jovens angolanos desempregados/The resilience of unemployed Angolan young

Paulo María Augusto

  • Angola, com uma população maioritariamente jovem, tem sofrido as vicissitudes de países em desenvolvimento, caracterizando-se por uma numerosa mão-de-obra sem formação e qualificações técnico-científicas exigidas pelos empregadores, índice ainda elevado de analfabetismo e desemprego, uma distribuição pouco equilibrada de renda nacional, problema com o repatriamento de refugiados, baixa expectativa de vida e indicadores deficientes da qualidade de vida. O acesso ao emprego constitui para a maioria dos jovens angolanos um símbolo da chegada da idade adulta. É assim porque o ingresso no mundo do trabalho é principalmente a transição para a maior idade. A falta de emprego é um problema que afecta particularmente os jovens que estão expostos, em comparação com os adultos, a maiores níveis de incerteza económica e social. Há poucas dúvidas de que o desemprego tem efeitos muito graves sobre a psicologia do bem-estar dos indivíduos e para a saúde mental. Foi reconhecido que o desemprego prejudica o amor-próprio, ao gerar sentimentos de depressão, enquanto, a sensibilidade do nervosismo provoca a redução do bem-estar como as suas influências nas maneiras individuais de perceber e reagir face aos eventos quotidianos negativos. O efeito do desemprego na vida dos jovens desempregados nota-se pelo aumento do alcoolismo, tabagismo, consumo de drogas, prostituição, delinquência juvenil e violência doméstica e conjugal, com suas consequências imediatas e futuras, como mortes (homicídio, suicídio e acidentes), prisões, desgraças, feridas e vários danos morais, materiais e físicos. Objectivos: (1) Analisar que variaveis sociodemograficas se encontram relacionadas com os recursos sociais, os recursos pessoais, a saúde e a satisfação com a vida dos jovens angolanos desempregados; (2) Analisar as relações entre os recursos pessoais, os recursos sociais, a saúde e a satisfação com a vida dos jovens angolanos desempregados. Hipótesis: (1) O tempo de desemprego, o número de filhos e o nível sociocultural predizem a satisfação com a vida e a percepção da saúde dos jovens angolanos desempregados; (2) A auto- estima, o controlo emocional, a resiliência, as estratégias de coping face ao desemprego e o apoio social predizem a saúde mental dos jovens angolanos desempregados; (3) Os recursos pessoais e sociais predizem a percepção de saúde dos jovens angolanos desempregados; (4) Os recursos pessoais e os recursos sociais predizem a satisfação com a vida dos jovens angolanos desempregados. Participantes: 844 pessoas (457 homens, 387 mulheres), com uma média de idade de 21.70 anos e um desvio padrão de 3.07, que não tinham trabalhado nunca ou que estavam na situação de desemprego. Instrumentos: Questionário sociodemográfico, Escala de Auto-estima, Escala de Apoio Social, Escala de Satisfação com a Vida, Escala de Controlo Emocional, Escala de Resiliência, Escala de Saúde Geral, Índice de Auto-percepção de Saúde, Estratégias de Coping face ao Desemprego. Análises estatísticas: (1) Análises factoriais confirmatórias de cada um dos instrumentos utilizados, para comprovar a adecuação dos modelos oferecidos pelos seus autores à amostra estudada; (2) Análises de fiabilidade dos factores obtidos (coeficientes alpha de Cronbach); (3) Análises descritivas das variáveis estudadas; (4) Análises de correlações entre as diferentes variáveis estudadas; (5) Análises diferenciais (provas t e ANOVAS de um factor); (6) Análises de Regresión Lineal Jerárquica e Modelos de Equações Estruturais (path analysis), para predizer a saúde e o bem-estar subjectivo (satisfação com a vida) dos jovens angolanos desempregados. Conclusões: (a) Os instrumentos utilizados revelaram a sua validade e confiabilidade; (b) Existe relação entre a auto-estima, o apoio familiar e a resiliência com o estado de saúde dos jovens angolanos; (c) As variáveis preditoras da saúde mental dos jovens angolanos desempregados são: a auto-estima, o apoio da familia, o apoio dos amigos, o controlo emocional, a busca activa de emprego e o distanciamento (ou seja as estratégias de coping face ao desemprego); (d) As variáveis que melhor predizem a satisfação com a vida dos jovens angolanos desempregados são: auo-estima, apoio familiar, apoio de amigos e controle emocional; (e) Idade, escolaridade e número de filhos, predizem a satisfação com a vida dos jovens angolanos desempreados no negativo.


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