Resumen de Aspectos motivacionales y conceptuales para la práctica deportiva y razones para el abandono en una institución de enseñanza superior en Portugal
A integração dos alunos nas nossas escolas na prática desportiva desperta um conjunto alargado de preocupações de grande importância, nomeadamente a sociabilização e a sua integração no fenómeno desportivo dentro do contexto motivacional na escola.
Ao contextualizarmos este nosso estudo sabemos que o desporto é um dos domínios onde mais se aproximam as pessoas independentemente da idade, do género, da classe ou da origem social, que desempenha um papel próprio na formação das identidades. Os valores que o desporto representa contribuem expressivamente para a educação e formação dos jovens e ainda para a promoção dos valores democráticos e sociais, constituindo um instrumento essencial de integração social no combate ao sedentarismo, que constitui um factor de risco para o desenvolvimento das doenças crónico degenerativas.
Os objectivos deste estudo foi conhecer os aspectos motivacionais e conceptuais de estudantes para a prática desportiva e se anteriormente participaram no Desporto Escolar.
Com este estudo, pretendemos sensibilizar estudantes do Ensino Superior, os educadores e em especial os professores de Educação Física responsáveis por Grupos/Equipas do Desporto Escolar, para a importância que tem a motivação na participação dos alunos naquela actividade complementar, tentando contribuir deste modo para a caracterização deste subsistema de ensino enquanto micro-sistema, que a nível da escola, actua sobre o meso-sistema educativo regional e por extensão no macro-sistema nacional.
A amostra está formada por um total de 302 estudantes (56 masculinos e 246 femininos), com idades compreendidas entre os 18 e 35 anos de idade do Curso de Ensino Superior de Enfermagem na cidade de Coimbra em Portugal, tendo a recolha de dados decorrido no período compreendido entre o mês de Março e de Julho do ano de 2010.
As principais variáveis independentes que utilizámos para efectuar esta investigação foram as seguintes: Idade, género, ano de frequência no ensino superior, local de residência e distrito onde concluiu o ensino secundário.
Foram ainda analisadas as variáveis dependentes das convicções sobre a prática desportiva, a participação ou não no Desporto Escolar, a valorização da prática desportiva, a percepção da capacidade atlética, o nível de autodeterminação, as razões para ter abandonado o Desporto Escolar e os motivos mais importantes para não ter participado no Desporto Escolar.
Para aferirmos os resultados foram utilizadas versões traduzidas e adaptadas dos seguintes questionários: Medidas de outras variáveis presentes na Prática Desportiva (QMPAD) de Jiménez Castuera, 2004; Veigas, Catalão, Ferreira e Boto, 2009, Leal, García Calvo, Sánchez Miguel, Antúnez e Cervelló Gimeno, 2007 sobre a valorização da Prática Desportiva.
Conceptions of the Nature of Athletic Abillity Questionnaire-2 (CNAAQ-2) de Wang e Biddle, 2001; Durão, 2008 para a Percepção da Capacidade Atlética.
Sport Motivation Scale (SMS) de Pelletier, Fortier, Vallerand, Tuson, Bière e Blais, 1995; Jimenéz Castuera, 2004; García Calvo, 2006; Leal, 2009 para avaliação no nível de autodeterminação.
Razões para Abandono da Prática do Desporto Escolar (QRAPDE) de Cruz e Costa, 1988, Cruz e Viana, 1995; Gill, Gross e Huddleston, 1983; Gould, Feltz, Horn e Weiss, 1982; Matos, 1996.
Sobre os Motivos para não ter participado no Desporto Escolar (IMAAD) foi utilizada a versão portuguesa de Pereira e Vasconcelos Raposo, 1997; Fernandes, 2005; Veigas, Catalão, Ferreira e Boto, 2009.
Defendemos um Desporto na Escola que apresente como primeiros objectivos, a saúde, o jogo, e o humor. A escola, deve educar, dando a humildade dos limites a nível da expressão corporal no desenvolvimento cultural e socio-económico de um povo, podendo ser uma prática salutar, se não existirem violências e hostilidades.
É indispensável que o Ministério da Educação atribua definitivamente, a justa importância ao Desporto na Escola, comprovando as iniciativas convenientes à cultura desportiva, onde deverá predominar a perspectiva pedagógica e cultural a nível desportivo.
Um interessante resultado a reter nesta investigação é sobre os estudantes que praticavam uma actividade desportiva (32,8%) contrariamente aos 67,2 por cento que não praticavam nenhuma actividade desportiva.
Podemos concluir neste estudo que o género feminino, que, de uma forma geral apresentam mais motivos para não praticar desporto do que o género masculino, manifestando ainda um comportamento menos autodeterminado com consequências moderadamente mais desadaptadas.
Por outro lado encontramos como principal motivo para não ter participado no Desporto Escolar a "falta de tempo", o "horário não permitir" e o "ter outras coisas para fazer". Será também interessante destacar que as razões mais apontadas para ter abandonado o Desporto Escolar são, "não ter tempo", "ter outras coisas para fazer" e "estudar ser mais importante que praticar desporto".
Também nos dados referentes à prática do Desporto Escolar no ensino não superior verificamos que no 1º Ciclo apresenta uma participação diminuta, para no 2º Ciclo a participação se aproximar da não participação. É precisamente no 3º Ciclo onde aparece a maior participação, para novamente ter uma pequena participação no Ensino Secundário. Será também interessante destacar aqui que posteriormente, no ensino superior, somente cerca de um terço da população que fez parte deste estudo pratica uma Actividade Desportiva.
Através desta investigação que envolveu estudantes, desejamos que a mesma sirva de suporte metodológico para que outros projectos possam ser desenvolvidos e orientados sobre a temática da motivação para a prática do Desporto na Escola.
PALAVRAS CHAVES: Desporto Escolar, Motivação, Educação Física, Autodeterminação.
