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Stress parental, vinculação, autoeficácia e estilos de coping, em pais/cuidadores de crianças com perturbação de desenvolvimento

  • Autores: Helena Pereira
  • Directores de la Tesis: Cordelia Estévez Casellas (dir. tes.)
  • Lectura: En la Universidad Miguel Hernández de Elche ( España ) en 2015
  • Idioma: español
  • Tribunal Calificador de la Tesis: Carmen López Sánchez (presid.), Elisa Huéscar Hernández (secret.), Paulo Azevedo Dias (voc.), Francisco Vicente Carratalá Marco (voc.), Mari Carmen Martínez Monteagudo (voc.)
  • Materias:
  • Enlaces
    • Tesis en acceso abierto en: RediUMH
  • Resumen
    • A parentalidade sendo um processo que por um lado proporciona um conjunto de experiências gratificantes e exclusivas, por outro lado, assume-se como uma fase de confronto dos pais com novas exigências inerentes a este novo papel, o que poderão reativar um aumento do stress parental e consequentemente despoletar uma maior vulnerabilidade no que concerne à saúde física e mental dos mesmos (Santos, 2008). O nascimento de um filho com uma perturbação no seu desenvolvimento, poderá desencadear um choque emocional que por sua vez, irá pressupor uma elaboração e aceitação desta nova realidade, com a transformação de um filho imaginado ou idealizado como "saudável" para a aceitação e incorporação de um filho real, com perturbação de desenvolvimento (Kenny & Corkin, 2011; Trute, Benzies, Worthington, Reddon, & More, 2010). Proceder-se-á ainda a uma reorganização das relações, de uma ponto de vista intra e interfamiliar (Alarcão, 2006). Estima-se que cerca de 15% a 18% da população mundial de crianças e adolescentes possa ter alguma manifestação de problema crônico (problemáticas físicas, perturbações no desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem e doença mental) (Perrin & Shonkoff, 2000).

      Esta investigação teve por grande objetivo identificar o tipo de vinculação presente nestes cuidadores de crianças com perturbação de desenvolvimento, a sua percepção de autoeficácia, o nível de stress parental, e a forma como estas variáveis se relacionam com os estilos de coping (moderador) adotados por estes participantes e consequentemente e sua implicação no seu estado emocional.

      A população alvo deste estudo empírico é constituída por pais/cuidadores principais de crianças com perturbação de desenvolvimento, diagnosticadas e sujeitas a intervenção pelo serviço de saúde da Região Autónoma da Madeira e instituições parceiras, com idades compreendidas entre os 5 e os 12 anos de idade. Esta foi uma amostra intencional (representativa), selecionada com o intuito de os participantes garantirem a amplitude da representação da variável ¿filhos com perturbação de desenvolvimento¿ (Pais-Ribeiro, 2007). No que toca à distribuição geográfica, os participantes provêm de sete concelhos da Região Autónoma da Madeira, nomeadamente da zona Centro (oito freguesias distintas), zona Leste da ilha (5 freguesias distintas) e da zona Oeste da ilha (10 freguesias distintas).

      A recolha dos dados foi feita através de uma bateria de testes (aferida à população Portuguesa), cujos coeficientes alpha de Cronbach revelaram boas propriedades psicométricas. A bateria foi composta por um questionário de dados demográficos; pela HADS - Escala de ansiedade e depressão hospitalar (Pais-Ribeiro et al. 2007); WOC-Questionário de estratégias de coping (Santos & Pais-Ribeiro, 1998); ISP - O Índice de Stress Parental (Abidin & Santos, 2003); AEG - Escala de Autoeficácia Geral (Araújo, 2010); EVA - Escala de Vinculação do Adulto (Canavarro, Dias, & Lima, 2006). Após a análise dos coeficientes alpha observados na amostra, foram excluídos alguns itens responsáveis por fraca consistência interna. Na maioria das escalas, os alfas surgiram idênticos aos das escalas originais, variando entre .53 a .63 (HADS); .56 a .81 (WOC); .84 a .92 (ISP); .90 (AEG) e .61 a .80 (EVA). Os Coeficientes inferiores a .50 surgiram provavelmente devido a respostas aleatórias ou por má interpretação de algum item, contudo, estes alfas (igual ou superior a .50) foram considerados válidos devido à dimensão da presente amostra (amostras pequenas ou específicas), e esta estar dividida em dois subgrupos (perturbações globais e específicas) (Kehoe, 1995). Posteriormente, os dados foram digitalizados e introduzidos numa base de dados (Excel), e analisados em SPSS versão 20.0.

      A maioria dos participantes (pais/cuidadores) têm mais de 35 anos (n = 46; 52.3%), seguindo-se a os participantes incluídos no intervalo de idades entre os 25 e 34 anos (n = 28; 31.8%). Na sua maioria, estes cuidadores principais correspondem em 87.5% às ¿mães¿ e 9.1% aos ¿pais¿.

      No presente estudo, a incidência de ansiedade e depressão, surge de uma forma expressiva, sendo que, mais de 60% dos participantes apresentou um quadro de ansiedade (58% ansiedade moderada e 3.4% ansiedade severa) e 80.6%, a presença de um quadro de depressão (54.5% depressão leve e 26.1% depressão moderada).

      A maioria dos nossos participantes apresentou um estilo de vínculo seguro, seguindo-se o inseguro/evitante e o inseguro/ansioso-preocupado. No estudo concluiu-se que o estilo de vínculo não influenciou a natureza das estratégias de coping utilizadas pelos pais (ativas/passivas), nem está associado à perceção de autoeficácia geral dos participantes. Contudo, a uma maior autoeficácia se associaram maiores índices de ansiedade e menores índices de depressão.

      De um modo geral, o estudo revelou que os pais/cuidadores menos envolvidos afetivamente ou menos motivados para o exercício da parentalidade, apresentaram mais ansiedade e depressão. Os pais/cuidadores de crianças com perturbações mais globais (mais severas), com um estilo de vinculação ¿segura¿, apresentaram um maior desgaste na relação conjugal, mais stress parental, maiores níveis de ansiedade e menores níveis de depressão (face aos pais das PD específica). Os pais/cuidadores de crianças com perturbações específicas, com um estilo de vinculação ¿preocupado¿, apresentaram mais estabilidade na relação conjugal.

      A presente amostra clinica, mostrou a existência de um grupo de estratégias de coping (tipo ativas) predominantes, normalmente preditoras de menores níveis de ansiedade e depressão, (Classen, Koopman, Angell, & Spiegel, 1996; Sousa, Mendonça, Zanini, & Nazareno, 2009; Watson & Greer, 1998), e ainda não haver diferenciação entre o tipo de estratégias de coping utilizadas pelos pais, face à natureza da perturbação de desenvolvimento dos filhos. O coping apresentou um efeito de moderação face ao impacto das variáveis independentes na dependente (ansiedade/depressão), à exceção da autoeficácia que revelou ser um variável estável, sem se alterar ou modificar face a ação do coping.


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