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A Covid-19 e as perturbações no presentismo

  • Autores: François Hartog, Fernando Alvim (trad.)
  • Localización: Artcultura: Revista de História, Cultura e Arte, ISSN-e 2178-3845, ISSN 1516-8603, Vol. 22, Nº. 41, 2020 (Ejemplar dedicado a: ArtCultura), págs. 50-56
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Trouble dans le présentisme: le temps du Covid-19
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      Cet article veut analyser comment – et si – la pandémie de coronavirus a provoqué un changement dans les temporalités qui traversent notre quotidien. Placée sous le signe d’une urgence qui nous a menés en quelques jours jusqu’à “l’état d’urgence sanitaire”, cette suspension des attitudes corporelles ordinaires (dangereuses) et leur remplacement par d’autres (tout à la fois défensives et protectrices) devraient s’opérer, comme il est normal en régime présentiste, instantanément ou presque. Depuis Hippocrate, il revient à la médecine de reconnaître que la maladie a, elle aussi, une temporalité propre. Sous le désordre apparent de la maladie, il y a en fait un ordre que repère l’œil exercé du médecin : un ordre du temps. Le temps de la pandémie a conduit à l’instauration d’un temps nouveau, celui du confinement: temps sanitaire, puisque le confinement est le seul instrument à notre disposition, dit la médecine, pour retarder, freiner la progression du virus, pour que la courbe exponentielle cesse son implacable ascension. En ce point surgissent d’inévitables conflits de temporalités qui appellent des arbitrages. La question de la nomination de l’événement est centrale. Epidémie, pandémie, oui, mais nous restons dans la sphère de la médecine. La question est de savoir si la crise majeure que traverse le monde est une occasion, un kairos, qui, interrompant les temporalités usuelles du temps chronos, pourrait ouvrir sur un temps nouveau.

    • português

      Como e se a pandemia do coronavírus provocou uma mudança nas temporalidades que atravessam nosso cotidiano é o que este artigo se propõe analisar. Colocada sob o signo de uma urgência, que nos levou em poucos dias até o "estado de emergência sanitária”, a suspensão das atitudes corporais ordinárias (perigosas) e sua substituição por outras (todas, por sua vez, defensivas e protetivas) deveriam operar, como é normal no regime presentista, instantaneamente ou quase. Desde Hipócrates, cabe à medicina reconhecer que a doença tem, ela também, uma temporalidade própria. Sob a desordem aparente da doença, há de fato uma ordem que identifica o olho treinado do médico: uma ordem do tempo. O tempo da pandemia conduziu à instauração de um tempo novo, aquele do confinamento: tempo sanitário, já que o confinamento é o único instrumento à nossa disposição, diz a medicina, para retardar, frear a progressão do vírus, para que a curva exponencial cesse sua implacável ascensão. Nesse ponto, surgem inevitáveis conflitos de temporalidades que pedem arbitragens. A questão da nomeação do acontecimento é central. Epidemia, pandemia, sim, mas nós ficamos na esfera da medicina. A questão é saber se a grande crise que atravessa o mundo é uma oportunidade, um kairos, que, interrompendo as temporalidades habituais do tempo chronos, poderia abrirse sobre um novo tempo.


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