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Resumen de Cidades sustentáveis e cidades inteligentes: Estratégias para a mitigação da crise urbanística contemporânea

Sibila Stahlke Prado, Norma Sueli Padilha

  • português

    O presente trabalho tem como ponto de partida a análise da problemática que envolve as cidades contemporâneas. A crise evidenciada em âmbito urbano, tende a crescer de forma escalonada nos próximos anos, já que de acordo com o recente Relatório Mundial das Cidades, publicado pelas Nações Unidas em junho de 2022, mais da metade da população mundial reside atualmente em âmbito urbano e a projeção é de que até o ano de 2050, 68% da população de todo o mundo irá viver nas cidades. Os desafios se fazem cada dia maiores, ante o aumento populacional nas cidades gerando, ainda, a ampliação das dificuldades já existentes. Problemas tais como: crescimento urbano desordenado, habitações construídas em áreas de risco, dificuldades de mobilidade urbana, poluição do ar, falta de saneamento básico, além da consequente degradação ambiental e desigualdade social, são algumas das preocupações da contemporaneidade, que envolvem não só o Brasil, mas sim, todo o globo. Nesse sentido, a ideia de cidades sustentáveis com o desenvolvimento sustentável em nível urbano, têm sido a tônica de grande parte da agenda ambiental internacional, representada, exemplificativamente, no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) n. 11 da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Além dessa proposta, nos últimos anos, têm sido cada vez mais objeto de análise, a noção de Cidades Inteligentes ou “smartcities”, também com o propósito de ajudar a solucionar os desafios urbanos contemporâneos. Sendo assim, o artigo visa, precipuamente, verificar em que medida o modelo de cidade inteligente realmente se compatibiliza com o ideário de sustentabilidade urbana, pressuposto essencial para a mitigação da mencionada crise em todos os seus níveis. Pretende-se, ainda, vislumbrar de que modo o primeiro modelo pode contribuir para a implementação do desenvolvimento sustentável na esfera das urbes. Para tanto, propõe-se a seguinte indagação: até que ponto o modelo padrão de cidade inteligente é compatível e atua de forma efetiva no aperfeiçoamento e na aplicação de cidades sustentáveis, especialmente no Brasil? Parte-se da necessária contextualização da problemática contemporânea que envolve os centros urbanos, seus desafios e suas oportunidades. Após, trata-se das cidades sustentáveis e da ideia de desenvolvimento sustentável, visando apresentar balizas para sua caracterização, tratando-se de instrumentos internacionais e da realidade do Brasil. Por fim, analisa-se o paralelo entre as cidades sustentáveis e as chamadas cidades inteligentes, com foco em sua compatibilização. Conclui-se, em síntese, que o modelo de Cidades Inteligentes, apesar de promissor, pode ser fadado à utopia, ante o objetivo principal de garantir o desenvolvimento sustentável com foco na proteção ambiental. Deve-se considerar a busca por cidades inteligentes como um complemento a ser adaptado de forma adequada a cada realidade municipal específica, tendo em vista o fato de que a maioria das cidades do Brasil não possuem o mínimo para serem consideradas sustentáveis o que dirá serem entendidas como “inteligentes”. Para a metodologia, utiliza-se da técnica de documentação indireta, especialmente a pesquisa bibliográfica, com método de abordagem dedutivo.

  • English

    This paper starts by analyzing the issues surrounding contemporary cities. The crisis evident in urban areas is expected to escalate in the coming years, as highlighted by the recent World Cities Report published by the United Nations in June 2022. Currently, more than half of the world's population resides in urban areas, with projections indicating that by 2050, 68% of the global population will live in cities. The challenges continue to grow daily due to urban population growth, exacerbating existing difficulties. Issues such as uncontrolled urban expansion, housing built in high-risk areas, urban mobility challenges, air pollution, lack of basic sanitation, environmental degradation, and social inequality are among the contemporary concerns affecting not only Brazil but the entire globe.In this context, the concept of sustainable cities and urban sustainable development has been a focal point of much of the international environmental agenda, exemplified by Sustainable Development Goal (SDG) 11 of theUnited Nations' 2030 Agenda for Sustainable Development. Additionally, in recent years, there has been increasing analysis of the concept of Smart Cities, aiming to address contemporary urban challenges.Therefore, this article aims primarily to assess the extent to which the Smart City model aligns with the ideals of urban sustainability, a crucial premise for mitigating the aforementioned crisis at all levels. Furthermore, it seeks to explore how the Smart City model can contribute to the implementation of sustainable development in urban areas. To this end, the following question is proposed: to what extent is the standard Smart City model compatible and effectively contributes to the improvement and implementation of sustainable cities, especially in Brazil?The paper begins with the necessary contextualization of the contemporary issues involving urban centers, their challenges, and opportunities. It then discusses sustainable cities and the concept of sustainable development, providing guidelines for their characterization, including international instruments and the Brazilian reality. Finally, it analyzes the parallel between sustainable cities and Smart Cities, focusing on their compatibility.In summary, it concludes that the Smart City model, while promising, may be utopian in its aim to ensure sustainable development with a focus on environmental protection. It suggests that the pursuit of Smart Cities should be seen as a complement adapted appropriately to each specific municipal reality, considering that the majority of cities in Brazil lack the basics to be considered sustainable, let alone "smart."Methodologically, the paper employs the technique of indirect documentation, especially bibliographic research, using a deductive approach.


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