Resumen de Feudalismo digital - usuários ou cidadãos, o que somos em rede

Alessandra Diniz Portela Silveira, Hugo Daysel de Carvalho Mendes, Laís Sthéfanny Ferreira Reis Mendes

• português

  Este trabalho tem como objeto o estudo do direito à liberdade do indivíduo imerso em um meio ambiente digital, partindo das mudanças provocadas pela revolução tecnológica. Baseado na utilização de dados pessoais que é objeto de vultoso debate na atualidade, merecedor de atenção especial por parte dos juristas em âmbito nacional e internacional, observa-se o advento das tecnologias que ora servem como albergue capaz de significativo benefício à comunicação, no entanto, utilizados no controle de informações pessoais, agora reduzidas a status de mercadoria, vendida ou utilizada num verdadeiro capitalismo de vigilância. Imerso numa espécie de simulacro da realidade, o ser não desenvolve sua personalidade livremente, antes preso num narcisismo digital, seu cérebro não mais sugere, apenas reage à coleta e ao tratamento de seus próprios dados. Os indivíduos/avatares tornam-se “consumidores” de produtos, culturas, realidades sempre induzidas por atuação algoritmia numa espécie de adestramento que rotula e estigmatiza, tornando-os totalmente expostos e decifráveis e por fim controláveis. A rede, embora pareça fomentar a liberdade de pensamento, crença e opinião e tratar-se de um espaço público, na verdade possui dono –a rede social, é espaço privado, onde o ser figura e atua mais como usuário que cidadão, assumindo a postura de subproduto, criando uma espécie de feudo –o feudalismo digital. A metodologia utilizada foi a revisão de literatura, com o método dissertativo.

• English

  This work aims to study the right to freedom of the individual immersed in a digital environment, based on the changes caused by the technological revolution. Based on the use ofpersonal data, which is the subject of considerable debate today, deserving of special attention from jurists at a national and international level, we can observe the advent of technologies that sometimes serve as a hostel capable of significant benefitsto communication, however , used to control personal information, now reduced to the status of merchandise, sold or used in true surveillance capitalism. Immersed in a kind of simulacrum of reality, the being does not develop its personality freely, rather trapped in a digital narcissism, its brain no longer suggests, it only reacts to the collection and processing of its own data. Individuals/avatars become “consumers” of products, cultures, realities always induced by algorithmic action in a kind of training that labels and stigmatizes, making them fully exposed and decipherable and ultimately controllable. The network, although it appears to promote freedom of thought, belief and opinion and is a public space, actually has an owner –the social network, is a private space, where the being figures and acts more as a user than a citizen, assuming the responsibility by-product posture, creating a kind of fiefdom –digital feudalism. The methodology used was the literature review, with the dissertation method.