«Vive sob uma espécie de sequestro, guardada à vista e debaixo de chave»: o caso da infanta d. Francisca Josefa (1699-1736)

• Margarida Póvoa ^[1]
  1. [1] Universidade de Lisboa

     Universidade de Lisboa

     Socorro, Portugal

     
• Localización: Los caminos de la Historia Moderna: Presente y porvenir de la investigación / coord. por Ofelia Rey Castelao, Francisco Cebreiro Ares, 2023, ISBN 9788419679314, págs. 1287-1295
• Idioma: portugués
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    The infanta D. Francisca Josefa was the seventh and the last child to be born out of the matrimony between king D. Pedro of Portugal and his second wife, queen D. Maria Sofia Isabel de Neuburg. D. Francisca Josefa was born in Lisbon, on Jan-uary 30, 1699. Her relationship with her mother was short-lived since the queen passed away shortly after giving birth; and little is known about her relationship with her older siblings, other than a few shared moments. Her early years are a mystery. We lack writing records and, even when we find them, the infanta is relegated to a secondary plan, as if hidden, throughout her life. On July 15, 1736, Portugal celebrated the feast of the Angel of Portugal. In that same afternoon, single and childless, D. Francisca Josefa passed away. At the age of thirty-seven, the last surviving daughter of king D. Pedro closed her eyes to never open them up again. Instead of an exhaustive biography, in this presentation, it’s our goal to share the problems we found on this ongoing investigation and possible explanations of why D. Francisca Josefa was treated like a background character (or not) while being a member of the Portuguese Royal Family and Court.

  • português

    A infanta D. Francisca Josefa foi a sétima e última criança a nascer do matrimónio entre o rei D. Pedro (1648-1706) e a sua segunda esposa, a rainha D. Maria Sofia Isabel de Neuburg (1666-1699). Nasceu a 30 de janeiro de 1699, em Lisboa, mas foi privada do acompanhamento da mãe desde tenra idade. Os seus primeiros anos de vida revelam-se uma incógnita, salvo raros momentos partilhados com os irmãos mais velhos que ficaram registados. No entanto, esses mesmos registos reserva-ram para D. Francisca Josefa uma vivência secundária, quase oculta, ao longo de toda a sua vida. Solteira e sem filhos, a infanta acabou por morrer na tarde do dia 15 de julho de 1736, quando se celebrava a festa do Anjo da Guarda do Reino. Aos trinta e sete anos, cinco meses e dezassete dias, desaparecia a última filha de D. Pedro e a irmã mais nova de D. João . Nesta exposição, ao invés de acompanhar o percurso de vida de D. Francisca Josefa de forma exaustiva, temos como objetivo partilhar as problemáticas encontradas ao longo da nossa investigação e possíveis explicações para a secundarização (ou não) da figura da infanta, enquanto membro da Família Real portuguesa e elemento feminino da Corte.