Importância da Cooperação e das Redes no Desenvolvimento do Turismo: o caso do Baixo Alentejo (Portugal)

Autores

  • Marta Isabel Casteleiro Amaral Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Instituto Politécnico de Beja

DOI:

https://doi.org/10.57883/thij2(1)2014.30094

Palavras-chave:

Turismo, Desenvolvimento, Planeamento, Cooperação, Redes, Agentes turisticos

Resumo

A cooperação entre os vários atores sociais do turismo, sob a forma de parcerias e de redes, constitui uma condição fundamental para o desenvolvimento e planeamento do turismo. O presente artigo resulta da investigação de Doutoramento em Turismo e tem como objetivo analisar que papel desempenha a cooperação entre os atores sociais do setor público, setor privado e associativo no desenvolvimento turístico de uma sub-região do Alentejo: o Baixo Alentejo. A investigação empírica de caráter quantitativo assentou numa inquirição dos atores sociais (dirigentes) do turismo local e regional, numa perspetiva setorial e tripartida (setor público, setor privado e setor associativo) de modo a compreender a sua perceção sobre a importância atribuída ao estabelecimento de relações de cooperação entre os mesmos e a constituição de redes formais de cooperação para o desenvolvimento do Baixo Alentejo e Alentejo. A análise dos resultados demonstrou a grande importância da cooperação entre os atores para o desenvolvimento turístico do Baixo Alentejo em áreas prioritárias como a promoção do destino, valorização da cultura, desenvolvimento do turismo organizado, e em produtos temáticos baseados nos recursos da sub-região. A criação de uma rede de cooperação foi considerada como importante como forma a aumentar a capacidade competitiva e a partilha de recursos entre as organizações do turismo.

Referências

Aas, C., Ladkin, A. & Fletcher, J. (2005). Stakeholder collaboration and heritage management. Annals of Tourism Research, 32(1), 28-48.

Alves, H. & Raposo, M. (2011). Stakeholder theory: issues to resolve. Management Decision, 49(2), 226-252.

Andrighi, F. & Hoffmann, V. (2008). Aglomeração territorial no turismo: uma avaliação dos atores sociais na destinação turística de URUBICI/SC, CULTUR. Revista de Cultura e Turismo, 2(2), 1-16. Acedido em: www.uesc.br/revistas/culturaeturismo.

Araújo, M. & Bramwell, B. (2002). Partnerships and regional tourism in Brazil. Annals Tourism Research, 29(4), 1138-1164.

Azevedo, D. (2010). Diálogos entre stakeholders em redes de organizações de agronegócios na busca da mitigação dos efeitos da mudança climática: o caso do instituto do agronegócio responsável – ARES, Tese de Doutoramento, Universidade Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Beaumont, N. & Dredge, D. (2010). Local tourism governance: a comparison of three networks approaches. Journal of Sustainable Tourism. 18(1), 7-28.

Bramwell, B. (2006). Actors, networks and tourism policies, In D. Buhalis & C. Costa (Orgs.) Tourism Management Dynamics: trends, management and tools (155-163), Oxford: Elsevier.

Bramwell, B. & Lane, B. (2000). Tourism collaboration and partnerships: politics, practice and sustainability. Clevedon: Channel View Publications.

Bramwell, B. & Sharman, A. (1999). Collaboration in local tourism policymaking. Annals of Tourism Research, 26(2), 392-415.

Bucholz, R. & Rosenthal, S. (2004). Stakeholder theory and public policy: how governments matter. Journal of Business Ethics. 51(2). 143-153.

Buckley, R. (2012). Sustainable tourism: research and reality. Annals of Tourism Research. 39(2), 528-546.

Costa, C., Santos, M., & e Ferreira, A. (2007), Relações interorganizacionais no turismo – parceria entre operadores turísticos alemães e os agentes da oferta algarvia. Revista Encontros Científicos, 3, Universidade do Algarve.

Crouch, G. (2011). Destination competitiveness: an analysis of determinant attributes. Journal of Travel Research. 50(1), 27-45.

Edgell, D. (1990). International tourism policy. New York: Van Nostrand Reinhold.

Erkuş-Öztürk, H. & Eraydin, A. (2010). Environmental governance for sustainable tourism development: Collaborative networks and organisation building in the Antalya tourism region. Tourism Management. 31(1), 113-124.

Franch, M., Martini, U., & Buffa, F. (2010). Roles and opinions of primary and secondary stakeholders within community-type destinations. Tourism Review. 65(4), 74-85.

Freeman, E. (2010). Strategic management: a stakeholder approach. New York: Cambridge University Press.

Fyall, A. & Garrod, B. (2005). From competition to collaboration in the tourism industry In W. Theobald (eds). Global Tourism (52-73). Burlington: Elsevier.

Goeldner, C. & Ritchie, J. (2009). Tourism – principles, practices and philosophies. (11th ed.). Oxford: Wiley and Sons.

Graci, S. (2013). Collaboration and partnership development for sustainable tourism. Tourism Geographies: an International Journal of Tourism Space, Place and Environment. 15(1), 25-42.

Gulati, R. (1995). Does familiarity breed trust? The implications of repeated tied for contractual choice in alliances. Academy of Management Journal. 38(1), 85-112.

Gunn, C. (1994). Tourism planning – basics, concepts, cases, (4th ed). Washington, D.C.: Taylor & Francis.

Hall, D., & Richards, G. (2000). Tourism and sustainable: community development. London: Routledge.

Hall, M. (1999). Rethinking collaboration and partnership: a public policy perspective. Journal of Soustainable Tourism, 6(3-4), 274-289.

Hall, M. (2008). Tourism Planning – policies, processes and relationships. (2nd Ed.). Harlow: Prentice Hall.

Hassan, S. (2000). Determinants of market competitiveness in an environmentally sustainable tourism industry. Journal of Travel Research. 38(3), 239-245.

Jamal, T., Getz, D. (1995). Collaboration theory and community tourism planning. Annals of Tourism Research, 22(1), 186-204.

Kernaghan, K. (1993). Partnerhips and public administration: conceptual and pratical considerations. Canadian Public Administration. 36(1), 57-76.

Ladkin, A. & Bertramini, A. (2002). Collaborative tourism planning: a case study of Cusco, Peru. Current Issues in Tourism. 5(2), 71-93.

March, R. & Wilkinson, L. (2009). Conceptual tools for evaluation tourism partnerships. Tourism Management. 30(3), 455-462.

Maulet, G. (2006). A framework to identify a localised tourism system. In L. Lazzeretti & C. Petrillo (pp. 43-56). Tourism, local systems and networking. Oxford: Elsevier.

Mazanec, J. & Ring, A. (2011). Tourism destination competitiveness: second thoughts on the World Economic Forum reports. Tourism Economics, 17(4), 725-751.

Miguéns, J. (2009). Networked tourism: from world destinations to inter-organizations. Tese de Doutoramento. Universidade de Aveiro. Aveiro.

Mitchell, R. & Reid, D. (2001). Community integration: Island tourism in Peru. Annals of Tourism Research. 28(1), 113-139.

Moniz, A. (2006). A sustentabilidade do turismo em ilhas de pequena dimensão: o caso dos Açores. Tese de Doutoramento em Ciências Económicas e Empresariais. Universidade dos Açores. Açores.

Monteiro, I. & Deville, E. (2007). A necessidade do trabalho em rede no desenvolvimento turístico das regiões: o modelo das Aldeias de Xisto. Congresso Internacional de Turismo de Leiria e Oeste. Acedido em: http://cassiopeia.esel.ipleiria.pt/esel_eventos/files/2106_Ivania_Monteiro_4756daa9eb01c.pdf

Morrison, A. (2013). Marketing and managing tourism destinations. Oxon: Routledge.

Neves, A. (2007). Promoção turística: o impacto das parcerias entre agentes públicos e privados. Dissertação de Mestrado. Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial. Universidade de Aveiro. Aveiro. Acedido em: http://biblioteca.sinbad.ua.pt/Teses/2007001018.

OECD (1993). What future for our countryside? A rural development society. Paris: OECD.

Presenza, A. & Cipollina, M. (2010). Analysing tourism stakeholders networks. Tourism Review, 65(4), 17-30.

Roberts, L. & Simpson, F. (1999). Developing partnership approaches to tourism in Central and Eastern Europe. Journal of Sustainable Tourism. 7(3/4), 314-330.

Rodger, K., Moore, S. & Newsome, D. (2009). Network theory. Annals of Tourism Research. 36(4), 645-666.

Sauter, E. & Leisen, B. (1999). Managing stakeholders a tourism planning model. Annals of Tourism Research. 26(2), 312-328.

Selin, S. (1999). Developing a typology of sustainable tourism partnerships. Journal of Sustainable Tourism, 7(3), 260-283.

Selin, S. & Chavez, D. (1995). Developing an evolutionary tourism partnership model. Annals Tourism Research. 22(4), 884-856.

Silva, L. (2007). Sortelha e Monsaraz: um estudo de caso de dois lugares turísticos no interior de Portugal. Análise Social, XLII(184), 853-874.

Sonmez, S. & Apostolopoulos, Y. (2000). Conflict resolution through tourism cooperation? The case of the Partitioned Island - state of Cyprus. Journal of Travel & Tourism Marketing. 9(3), 35-48.

Stokes, R. (2006). Inter-organizational relationships for events tourism strategy making in Australian states and territories. Doctoral dissertation, Griffith University, School of Tourism and Hotel Management.

Swarbrooke, J. (1999). Sustainable Tourism Management. London: CABI Publishing.

Teixeira, R. (2012). Redes de cooperação em turismo: um estudo nas pequenas empresas hoteleiras em Curitiba, Paraná. Revista PASOS - Revista de Turismo Y Património Cultural [versão eletrónica]. 10(3), 407-416. Acedido em: http://www.pasosonline.org/Publicados/10312/PS0312_15.pdf.

Timothy, D. (1998). Cooperative tourism planning in a developing destination. Journal of Sustainable Tourism. 6(1), 52-68.

Tomsett, P. (2008). Stakeholder theory or concept: application to the tourism environment. In S. Richardson; L. Fredline; A. Patiar & M. Ternel (Eds). CAUTHE 2008: Tourism and Hospitality Research, Training and Practice; "Where the 'Bloody Hell' Are We?". Gold Coast, Qld.: Griffith University.

Tosun, C. (2000). Limits to community participation in the tourism development process in developing countries, Tourism Management, 21, 613-633.

Tremblay, P. (1998). The economic organization of tourism. Annals Tourism Research. 25(4), 837-859.

Waligo, V.; Clarke, J. & Hawkins, R. (2013). Implementing sustainable tourism: A multi-stakeholder involvement management framework. Tourism Management. 36, 342-353.

Weiermair, K.; Peters, M. & Frehse, J. (2008). Success factors for public private partnerships: cases in Alpine Tourism Development. Journal of Services Research Special Issue, 8.

World Tourism Organization (2003). Co-operation and partnerships in tourism – a global perspetive. Madrid: World Tourism Organization, Business Council.

Wray, M. (2009). Policy communities, networks and issue cycles in tourism destination systems. Journal of Sustainable Tourism, 17(6), 673-690.

Yin, S. (2012). Six nations, one river: Testing a model of perceived effects of inter-governmental collaboration on sustainable tourism in the Greater Mekong Sub-region. Phd Doctoral, University of Minnesota.

Zapata, M. & Hall, M. (2012). Public–private collaboration in the tourism sector: balancing legitimacy and effectiveness in local tourism partnerships. The Spanish case. Journal of Policy Research in Tourism, Leisure and Events. 4(1), 61-83.

Zhang, H.; Yan, Y. & Lo, K. (2009). The faciliting and inhibiting factors in cooperative tourism development of the Grater Pearl River Delta (GPRD), China. Journal of Quality Assurance in Hospitality & Tourism. 10(2), 139-152.

Downloads

Publicado

2023-06-14

Como Citar

Casteleiro Amaral, M. (2023). Importância da Cooperação e das Redes no Desenvolvimento do Turismo: o caso do Baixo Alentejo (Portugal). Tourism and Hospitality International Journal, 2(1), 56–72. https://doi.org/10.57883/thij2(1)2014.30094