“Precisamos estar vivos para seguir na luta”: pandemia e a luta das mulheres Munduruku
“We need to be alive to continue the struggle”: pandemic and the struggle of Munduruku women
“Necesitamos estar vivos para continuar la lucha”: pandemia y la lucha de las mujeres Munduruku
DOI:
https://doi.org/10.15446/ma.v11n2.88662Palabras clave:
mulheres indígenas, pandemia, povo Munduruku, Amazônia, luta pelo território (pt)Munduruku, indigenous women, pandemic, Amazon, struggle for territory (en)
Munduruku, mujeres indígenas, pandemia, Amazonia, lucha por el territorio (es)
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O povo Munduruku, na Bacia do Tapajós, vive intensa pressão de grandes empreendimentos e interesses econômicos sobre seu território. Situação agravada pelo atual governo e também pelo avanço da pandemia que atinge os povos indígenas na Amazônia, expondo as fragilidades das políticas de proteção e saúde. O coronavírus já faz vítimas dentre os Munduruku, e o povo sofre com a perda de caciques, lideranças e familiares. Por meio da Associação Wakoborun, as mulheres Munduruku colocaram-se na linha de frente de combate à pandemia, prestando suporte aos parentes. Este trabalho que se segue é um relato analítico sobre a luta do povo Munduruku na Bacia do Tapajós, destacando a atuação das mulheres no enfrentamento ao vírus e às demais pressões sofridas pelo povo. O trabalho é construído por meio da colaboração entre as autoras: os relatos da primeira autora, liderança do povo, são organizados e editados pela segunda autora, e complementados em comentários, revisão bibliográfica e documental. As análises foram construídas em conjunto, a partir de diálogos e leituras compartilhadas do texto.
The Munduruku people in the Tapajós River are under intense pressure from large scale projects and economic interests on their territory. This situation is aggravated by the current government and also by the advance of the pandemic that affects indigenous peoples in the Amazon, exposing the vulnerabilities of protection and health policies. The coronavirus is already making victims among the Munduruku, and the people suffer from the loss of chiefs, leaders and family members. Through the Wakoborun Association, Munduruku women have put themselves at the forefront of fighting the pandemic, supporting their relatives. The work that follows is an account of the situation, highlighting the role of women in fighting the virus and the other pressures suffered by the people. The work is built through collaboration between the authors, the reports of the first author, leadership of the people, are organized and edited by the second author, who complements in comments with bibliographical and documentary review. The analyzes were built together, based on shared dialogues and readings of the text.
El pueblo Munduruku, en la cuenca del río Tapajós, está bajo una intensa presión de grandes empresas e intereses económicos en su territorio. Esta situación se ve agravada por el acutal gobierno y también por el avance de la pandemia que afecta a los pueblos indígenas en la Amazonía, exponiendo las vulnerabilidades de las políticas de protección y salud. El coronavirus ya está causando víctimas entre los Munduruku, y la gente sufre la pérdida de jefes, líderes y familiares. A través de la Asociación Wakoborun, las mujeres Munduruku se han puesto a la vanguardia de la lucha contra la pandemia, apoyando a sus familiares. El trabajo que se presenta es una descripción analítica de la situación, destacando el papel de las mujeres en la lucha contra el virus y contra las otras presiones sufridas por el Pueblo. El trabajo se construye a través de la colaboración entre las autoras: los informes de la primera autora, lideresa del Pueblo, son organizados y editados por la segunda autora, quien los complementa con comentarios, revisión bibliográfica y documental. Los análisis se construyeron en conjunto, a partir de diálogos y lecturas compartidas del texto.
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