Filho de Deus, Filho de Tamakori. O padre Tastevin entre os Kanamari do médio Juruá.
Son of God, Son of Tamakori. Father Tastevin among the Kanamari of the middle Juruá River
Hijo de Dios, Hijo de Tamakori. El padre Tastevin entre los Kanamari del rio Juruá.
DOI:
https://doi.org/10.15446/ma.v11n2.87439Palabras clave:
Tastevin. Kanamari. Estudos missionários. Etnologia de povos indígenas. História de povos indígenas. Interpretação cosmo-xamânica. (pt)Tastevin. Kanamari. Missionary studies. Ethnology of indigenous peoples. History of indigenous peoples. Cosmo-shamanic interpretation. (en)
Tastevin. Kanamari. Estudios misionarios. Etnologia de pueblos indígenas. História de pueblos indígenas. Interpretación cosmo-xamânica. (es)
Descargas
O padre Constant Tastevin viveu, no primeiro quarto do século passado, por volta de 17 anos no médio Solimões e na imensa prelazia que era confiado aos missionários franceses da Ordem do Espírito Santo baseados em Tefé. Aos poucos, ele começou a se interessar pelos índios na região e acrescentou trabalhos linguísticos e etnológicos aos trabalhos de missionização. Sua obra foi importante como uma das poucas fontes de informação sobre a imensa região em foco e hoje tem recebido uma atenção crescente na antropologia sobre povos indígenas com a tradução de textos e a incorporação do seu material arquivado em Paris. Ele publicou pouco sobre a sua atuação entre os Kanamari do Juruá, mas publicou alguns relatos de suas visitas. Usando esse material publicado, em conjunto com algum material contido nos manuscritos do arquivo de sua ordem, examinamos aqui como se realizou a sua influência sobre os Kanamari e, em especial, como os índios compuseram uma “identificção” do padre como um “agente cosmo-xamânico” muito além de sua própria afirmação de uma autoridade religiosa católica.
In the first quarter of the last century the catholic priest Constant Tastevin lived for some seventeen years in the immense region of the middle Solimões river and adjacent rivers that the church had attributed to the care of French missionaries of the Order of the Sacred Spirit, centered in Tefé. Slowly he began to be interested in the Indians in this region and added linguistic and ethnological activities to his missionary work. His writings have been an important source of information in an otherwise little-known region, but anthropological interest has been increasing with the translation of part of his publications and the copying of unpublished material from the archives in Paris. Using a publication about his visits to the Indians and some material from the archive, this article examines how he influenced the Kanamari and, especially, how the Indians composed the “identifiction” of the priest as a “cosmo-shamanic agent” that went far further then his own affirmation of his catholic religious authority.
Referencias
ADELAAR, Willem F. (2000). Propuesta de un nuevo vínculo genético entre dos grupos lingüisticos
indígenas de la amazonía occidental: harakmbut y katukína. In Luis Miranda (ed.). Actas del I Congresso de Lenguas Indígenas de Sudamérica. Lima: Universidad Ricardo Palma. 337-343.
AZEVEDO, Thales. (1959). Aculturação dirigida: notas sobre a catequese indígena no período colonial brasileiro. In Anais da III Reunião Brasileira de Antropologia. Recife: Universidade de Pernambuco. 77-98.
CARVALHO, Ma. Rosário. (2002) Os Kanamari da Amazônia Ocidental. História, mitologia, ritual e xamanismo. Salvador: FCJA.
CASANOVA, Pablo González. (1963). “Sociedad plural, colonialismo interno y desarrollo”. América Latina, ano 6, no. 3, 15-32.
COSTA, Luiz. (2007). As faces do jaguar. Parentesco, história e mitologia entre os Kanamari da Amazônia ocidental. (Tese de Doutorado em Antropologia), Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
COSTA, Luiz. (2010). The Kanamari Body-Owner. Predation and Feeding in Western Amazonia. Journal de la société des américanistes, tome 96, n° 1. 169-192.
COSTA, Luiz. (2017). The owners of kinship. Asymmetrical relations in indigenous Amazonia. Chicago: Hau books.
CUNHA, Manuela Carneiro da (org.). (2009). Tastevin, Parrassier. Fontes sobre os índios e seringueiros do alto Juruá. Rio de Janeiro: Museu do Índio.
DETURCHE, Jeremy. (2009). Les Katukina du Rio Biá (Etat d’Amazonas – Brésil). Histoire, organisation sociale et cosmologie. (Tese Doutorado em etnologia), Université de Paris Ouest.
GAMA, Victor S. Gil Serpa da. (2020). Os Tyonwük-Djapa: história e assimetria no alto rio Jutaí. (Dissertação em antropologia social), PPGAS-MN, Rio de Janeiro.
FAULHABER, Priscila. (1998). O lago dos espelhos. Belém, Museu Paraense Emílio Goeldi.
FAULHABER, Priscilla, & MONSERRAT Ruth (orgs.). (2008). Tastevin e a etnografia indígena. Rio de Janeiro: Museu do Índio.
KLEINMAN, Arthur, Das Veena, & Lock, Margaret (orgs.). (1997). Social suffering. Berkeley e Los Angeles: University of California Press.
LOUKOTKA, C. (1963). Documents et vocabulaires inédits de langues et de dialectes sud-américains. Journal de la Societé des Américanistes, n.s. T.LII, 7-60.
QUEIXALÓS, Francisco, & DOS ANJOS, Zoraide Gonçalves da Silva. (2006). A língua Katukína-Kanamarí. Liames 6, 29-59.
REESINK, Edwin B. (1991). Xamanismo Kanamari. In: D. Buchillet (org.), Medicinas tradicionais e medicina ocidental na Amazônia. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi.
REESINK, Edwin B. (2013). Narratio Kanamari. Recife: Ed. UFPE.
REESINK, Edwin B. (2016). Imago Mundi Kanamari. Recife: Ed. UFPE.
RIVET, Paul, Tastevin, Constant. (1921). Les tribus indiennes des basins du Purus, du Juruá, et des régions limitrophes. La Géographie, vol.35, 449-482.
SAHLINS, Marshall. (1986). Tribesmen. Prentice Hall: Englewood Cliffs.
SASS, Walter (org.). (2007). Tâkuna Nawa Bûh Amteiyam Amkira, Mitos Kanamari. São Leopoldo Editora Oikos.
TASTEVIN, Constant. (1920) Le Baptême d’un hameau ‘Saint Joseph des Canamaris’. Annales Apostoliques, 36ème année n. 6, 170-175.
TASTEVIN, Constant. (1922). Chez les ‘Singes à figure écarlate’. Missions Catholiques, tome LIV, 574-575, 586-587, 596-598.
TASTEVIN, Constant. (2008) A região do Solimões ou médio-Amazonas (Amazonas, Brasil). In: FAULHABER, Priscilla, & MONSERRAT, Ruth (orgs.). Tastevin e a etnografia indígena. Rio de Janeiro: Museu do Índio, 13-38.
TASTEVIN, Constant. (2009) O rio Muru: seus habitantes, crenças e costumes Kachinawá, 1925. In: CUNHA, Manuela Carneiro da (org.). Tastevin, Parrassier. Fontes sobre os índios e seringueiros do alto Juruá. Rio de Janeiro: Museu do Índio, 136-171.
VERNEAU, D.R. (1921). Contribuition a l’ètude ethnographique des Indiens de l’Amazonie. (D’après les documents recuillis par le P. Tastevin). L’Anthropologie, tome XXXI, 255-278.
Cómo citar
APA
ACM
ACS
ABNT
Chicago
Harvard
IEEE
MLA
Turabian
Vancouver
Descargar cita
Licencia
Derechos de autor 2020 Edwin Reesink
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores son responsables de todas las autorizaciones que la publicación de sus contribuciones pueda requerir. Cuando el manuscrito sea aceptado para publicación, los autores deberán enviar una declaración formal sobre la autenticidad del trabajo, asumiendo personalmente la responsabilidad por todo lo que el artículo contenga e indicando expresamente su derecho a editarlo. La publicación de un artículo en Mundo Amazónico no implica la cesión de derechos por parte de sus autores; sin embargo, el envío de la contribución representa autorización de los autores a Mundo Amazónico para su publicación. En caso de realizarse una reimpresión total o parcial de un artículo publicado en Mundo Amazónico, ya sea en su idioma original o en una versión traducida, se debe citar la fuente original. Los artículos publicados en la revista están amparados por una licencia Creative Commons 4.0.
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan el copyright y otorgan a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo una Creative Commons Attribution License que permite a otros compartir el trabajo con el reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Los autores pueden hacer arreglos contractuales adicionales para la distribución no-exclusiva de la versión publicada en la revista (por ejemplo, colocar en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), con el reconocimiento de su publicación inicial en esta revista.