Danielle Manuel dos Santos Pereira
A historiografia do período colonial e início do imperial em São Paulo perpetuou o ideário de que a rotina das mulheres se situava no contexto das atividades domésticas e familiares, entretanto algumas mulheres foram além desse estereótipo e, uma delas ousou ser diferente no cenário artístico. Quem foi a mulher que recebeu o designativo qualitativo de “Mestre pintoira” ou “mestre doiradoura”? Quem era Miquelina Constância das Chagas e quais atividades desenvolveu? Para quais irmandades trabalhou? A circulação dos pintores mais influentes já foi traçada, mas Miquelina ficou esquecida, foi apagada da história, agora seu nome ecoa nas igrejas coloniais em São Paulo e merece ser lembrado e sua coragem aplaudida. A tentativa de esboçar a trajetória da “mestra” e empreiteira do barroco paulistano é um resgate necessário para se processar uma revisão da história da arte.
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