Os sujeitos subalternizados e as (necro)políticas de combate à COVID-19 no Brasil

• Arruda, Dyego de Oliveira ^[1] ; Santos, Caroline Oliveira ^[1]
  1. [1] Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ)
• Localización: Argumentum, ISSN-e 2176-9575, Vol. 14, Nº. 3, 2022 (Ejemplar dedicado a: Trabalho, emprego e renda: as condições de vida de trabalhadoras e trabalhadores em tempos de domínio tecnológico na produção), págs. 151-164
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Subaltern subjects and (necro)politics to combat COVID-19 in Brazil
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• Resumen
  • English

    Starting from the concept of necropolitics, this article aims to problematize the way in which public policies to combat COVID-19 in Brazil, throughout 2020, influenced the context of death of subjects historically subalternized in the country. The specific focus of the analyzes was the strategies to encourage social distancing, in addition to emergency aid, considered essential public policies to face COVID-19. In summary, it was noticed that such public policies were implemented in Brazil from an arrangement that caused confusion, information asymmetry and agglomerations of historically subalternizes subjects. Therefore, it was concluded that public policies to combat COVID-19 ended up, in practice, transmuting themselves into necropolitics that amplified the risks of death of subalternized bodies in Brazil, in the context of the COVID-19 pandemic.

  • português

    Partindo do conceito de necropolítica, este artigo objetiva problematizar o modo como as políticas públicas de combate à COVID-19 no Brasil, ao longo de 2020, influenciaram o contexto de morte dos sujeitos historicamente subalternizados no país. O foco específico das reflexões foram as medidas de estímulo ao distanciamento social, além do auxílio emergencial, consideradas políticas públicas essenciais para o enfrentamento à COVID-19. Em suma, percebeu-se que tais políticas públicas foram implementadas no Brasil a partir de um arranjo que provocou confusão, assimetria de informações, além de aglomerações dos sujeitos historicamente invisibilizados. Portanto, concluiu-se que as políticas públicas de combate ao COVID-19 acabaram, na prática, por transmutar-se em necropolíticas que amplificaram os riscos de morte dos corpos subalternizados no Brasil, no contexto da pandemia.