A (des)ordem do corpo: costuras entre moda e gênero

• Autores: Pâmela Elaine Tavares, Luciana Carmona Garcia Manzano
• Localización: dObra[s]: revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, ISSN 1982-0313, ISSN-e 2358-0003, Nº. 36, 2022, págs. 55-76
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The (dis)order of the body: seams between fashion and gender
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• Resumen
  • English

    This article, anchored in discursive studies, from the archegenealogical method ngendered by Michel Foucault, aims to observe the mechanisms, which frame the body image as described and seen in the historical, social and cultural lines as masculine, on discursive networks of Fashion. At first, we contextualized the acknowledgement of event making it possible to take the statements that, in different orders, select, organize and redirect the speech that talk about men and/or women. Then, we wanted to demonstrate how the body - and its signs and meanings - has been the object of struggle in theFashion space. The corpus, to which our analytical gaze turns, is shaped by an essay-report that was published by Manchete magazine on the 0652nd edition in 1964, whereupon was possible to observe that the Fashion, by transgressing the body rules, would be able to (re)model itself in the multiplicity of masculine and feminine, destabilizing ‘truths’ about the determining policies of the body, gender and subjectivities.

  • português

    O presente artigo, ancorado nos estudos discursivos, a partir do método arquegenealógico engendrado por Michel Foucault, tem como objetivo observar os mecanismos que constroem o corpo dito e visto nas linhas históricas, sociais e culturais como masculino, nas redes discursivas da Moda. De início contextualizamos a noção de acontecimento para que fosse possível tomar os enunciados que, em diferentes ordens, selecionam, organizam e redirecionam os discursos que falam sobre o homem e/ou a mulher. Em seguida, procuramos demonstrar como o corpo - e seus significantes e significados - tem sido o objeto pelo que se luta no espaço da Moda. O corpus para o qual se volta nosso olhar analítico é formado por um ensaio-reportagem publicado pela revista Manchete, edição número 0652, ano de 1964, no qual fora possível observar que a Moda, ao inscrever-se na desobediência do corpo, pode ser capaz de (re)modelar-se na multiplicidade do masculino e do feminino, desestabilizando ‘verdades’ sobre as políticas determinantes do corpo, do gênero e das subjetividades.