Resumen de Consumo alcoólico de homens soropositivos para o HIV

Samantha Luiza Mazon-Silva, Natália Alves de Oliveira, Aline da Silva Aguiar, Nathalia Sernizon Guimarães, Sônia Maria De Figueiredo

• português

  O objetivo desse estudo foi avaliar a frequência e fatores associados ao consumo de bebidas alcoólicas em homens soropositivos para o HIV. Estudo transversal realizado com voluntários do sexo masculino diagnosticados com HIV pelo Serviço de Atendimento Especializado do município de Ouro Preto-MG, Brasil. Informações sociodemográficas (idade, sexo, cor, estado civil, escolaridade, ocupação, renda, número de pessoas em casa), hábitos de vida (uso de cigarro ou drogas ilícitas e prática de atividade física) e fatores clínicos (terapia antirretroviral, linfócitos T-CD4+, carga viral e infecções oportunistas) foram investigados. Análises estatísticas foram realizadas pelo software Stata® versão 13.0. Ao total, 46 homens vivendo com HIV participaram deste estudo. A frequência do consumo de bebidas alcoólicas foi de 73,8%. Dentre os voluntários bebedores, 88,2% possuíam menos de 39 anos (p=0,039), 50,0% declararam ser pretos, pardos ou indígenas (p=0,004), 50,0% possuíam oito ou mais anos de estudos (p=0,039) e 47,8% eram tabagistas. Diante o elevado percentual de homens vivendo com HIV que fizeram uso de bebidas alcoólicas concluímos que esse consumo é maior dentre os indivíduos com idade inferior a 39 anos e que relataram estudar mais que 8 anos. Frente a estes dados e aos efeitos deletérios do álcool na interação com a TARV sugere-se incrementar propostas e orientações para prevenção do consumo de álcool em homens soropositivos para o HIV, com o objetivo de atender à complexidade do cuidado e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

• English

  The objective of this study was to evaluate the frequency and factors associated with the consumption of alcoholic beverages in HIV positive men. A cross-sectional study was conducted with male volunteers diagnosed with HIV by the Specialized Care Service of the city of Ouro Preto-MG, Brazil. Sociodemographic information (age, sex, color, marital status, education, occupation, income, number of people at home), life habits (use of cigarettes or illicit drugs and physical activity) and clinical factors (antiretroviral therapy, T-CD4+ lymphocytes, viral load and opportunistic infections) were investigated. Statistical analysis were performed by Stata® software version 13.0. A total of 46 men living with HIV participated in this study. The frequency of alcohol consumption was 73.8%. Among the volunteer drinkers, 88.2% were under 39 years old (p=0.039), 50.0% declared to be black, brown, or indigenous (p=0.004), 50.0% had eight or more years of studies (p=0.039) and 47.8% were smokers. Given the high percentage of men living with HIV who used alcoholic beverages we concluded that this consumption is higher among individuals under 39 years of age and who reported studying more than 8 years. In view of these data and the deleterious effects of alcohol in the interaction with ART it is suggested to increase proposals and guidelines for the prevention of alcohol consumption in HIV seropositive men, with the purpose of attending the complexity of care and improving the quality of life of these patients.