Mariana Barcinski, Carine Capra Ramos, João Weber, Tamires Dartora
O Marianismo fundamenta-se no ideal de mulher caracterizado pelo sofrimento, sacrifício e abnegação. A constituição da mulher à imagem da Virgem Maria corrobora o papel tradicional feminino como responsável pela esfera doméstica do cuidado com a casa e com a família. Neste artigo discutimos a forma como o Marianismo pode ser apropriado simultaneamente para reproduzir a tradicional subjugação feminina e para afirmar formas de exercício de poder. O objetivo é entender de que maneira o sacrifício e a abnegação sustentam a posição feminina vitimizada, mas igualmente empoderam as mulheres de forma peculiar. Através das trajetórias de vida de mulheres brasileiras encarceradas, mostraremos como seus discursos carregam a marca do sofrimento e da violência, bem como o poder adquirido através deste mesmo sofrimento.
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