Brasil
Western democracies experience a specific type of populism, related to the return of a premodern rationality and, therefore, an absolute rationality. This populism is understood as a hyper-masculine backlash, founded in a context of "post-truth" and "liquid fear." Based on this perspective, was analyzed the victory of candidate Jair Bolsonaro in the elections held in Brazil in 2018, since the politician raised his victory through non-orthodox strategies, which separated him from the establishment and launched him as a figure capable of to rescue the founding values of Brazilian society. In addition to a discourse based on neoliberal and neoconservative normativity, 21st century populism is based on the hypervaluation of self-sufficiency of the subject and individual responsibility. In this sense, it concludes by the need of a global citizenship, capable of overcoming the suffocating environment caused by the return of populist governments. For this, the theory elaborated by Judith Butler is defended, which works, through the analogy of the photographs of war, with the idea of bonds of solidarity that emerge through time and space, as well as with the concept of "ethic revindication".
As democracias ocidentais vivenciam um tipo específico de populismo, relacionado com o retorno de uma racionalidade pré-moderna e, por isso, uma racionalidade absoluta. Esse populismo é entendido como um backlash hiper-masculino, fundado num contexto de “pós-verdade” e de “medo líquido”. Partindo dessa perspectiva, foi analisada a vitória do candidato Jair Bolsonaro, nas eleições ocorridas no Brasil em 2018, uma vez que o político angariou sua vitória por meio de estratégias não-ortodoxas, as quais o separaram do establishment e o lançaram como figura capaz de resgatar os valores fundantes da sociedade brasileira. Aliado a um discurso pautado na normatividade neoliberal e neoconservadora, o populismo do século XXI se baseia na hipervalorização da autossuficiência do sujeito e da responsabilidade individual. Nesse sentido, conclui-se pela emergência de uma cidadania global, capaz de ultrapassar o asfixiante ambiente originado pelo retorno de governos populistas. Para isso, defende-se a teoria elaborada por Judith Butler, a qual trabalha, por meio da analogia das fotografias de guerra, com a ideia de laços de solidariedade que emergem através do tempo e do espaço, bem como com o conceito de “reivindicação ética”
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados