Wilton Fonseca, Mário de Carvalho
A presente comunicação aprofunda alguns aspetos da história das agências noticiosas em Portugal. Os autores estão a preparar o terceiro volume de uma trilogia sobre o assunto, com o título geral de “Heróis anónimos – Jornalismo de agência”. Este terceiro volume reunirá testemunhos – quase todos inéditos –de individualidades que viveram momentos decisivos na história das agências noticiosas em Portugal. A presente comunicação é parte de uma investigação mais ampla, que será incluída na referida obra, e debruça-se sobre a relação que existiu entre o jornalista Luís Lupi, fundador da primeira agência de notícias portuguesa, a Lusitânia, e a agência norte-americana AssociatedPress (AP), que ele representou durante muitos anos em Lisboa. A “diva”, aqui, refere-se a uma grande cantora lírica, que se tornou uma referência para Lupi por causa do seu trabalho para a AP; mas também tem um significado metafórico: a AP foi, durante décadas, a grande estrela no universo das agências noticiosas. Esta comunicação também lança as bases para a compreensão das razões que terão levado a que a AP fosse preterida pela United PressInternational (UPI), outra estrela no mundo das agências noticiosas, na altura em que o Salazar decidiu – perante o surgimento de uma nova ordem política internacional, com o fim da II Guerra Mundial –apoiar a “importação” de noticiário internacional para os meios de comunicação social portugueses.
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