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Competências gerenciais do enfermeiro: A visão dos professores de administração da escola de enfermagem aurora de Afonso Costa

    1. [1] Universidade Federal Fluminense

      Universidade Federal Fluminense

      Brasil

    2. [2] UFF
  • Localización: Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental online, ISSN-e 2175-5361, Vol. 2, Nº. 3, 2010, págs. 223-223
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • Cristiane Damasceno de Oliveira; Zenith Rosa Silvino (professor orientador); Bárbara Pompeu Christovam; Paula Dias Vidigal PIBIC/UFF Descritores: educação em enfermagem; administração em enfermagem; educação baseada em competências.   INTRODUÇÃO A formação de enfermeiros, no atual contexto de transformações por que passa o mundo e, especificamente, os serviços de saúde, vem sendo constantemente discutida, e tem apontado para a necessidade de mudanças. Nessa perspectiva, o ensino baseado em competências vem sendo apontado como uma das estratégias para estas mudanças, como pode ser observado nas Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação em Enfermagem - DCNs (BRASIL, 2001), atualmente em vigor.  A partir das DCNs a reflexão e a crítica a cerca da formação de competências tem sido motivo de várias discussões entre os docentes da área de Administração em Enfermagem. Os desafios relacionados à Administração na área de Saúde e especificamente na Enfermagem fazem com que o enfermeiro necessite constantemente exercitar as competências gerenciais, mesmo sem exercer cargos formais de gerência (PERES, 2006).  As DCNs para os Cursos de Graduação em Enfermagem preconizam a formação do enfermeiro como profissional generalista, crítico e reflexivo, capaz de conhecer e intervir sobre os problemas de saúde mais prevalentes, além de atuar com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano. Também ficou registrado como recomendação das DCNs  que a formação do profissional de Enfermagem seja orientada para o desenvolvimento de competências. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) foi oferecida às escolas as bases filosóficas, conceituais, políticas e metodológicas para nortear a elaboração dos projetos pedagógicos. É proposto que os profissionais egressos, a partir das novas diretrizes, possam vir a ser críticos, reflexivos, dinâmicos, ativos, diante das demandas do mercado de trabalho, aptos a "aprender a aprender", a assumir os direitos de liberdade e cidadania, compreendendo as tendências do mundo atual e as necessidades de desenvolvimento do país (BRASIL, 1996).  Diante deste contexto, propôs-se o presente trabalho, o qual é um recorte de uma pesquisa de Iniciação Científica intitulada “Competências gerenciais do Enfermeiro: a formação, o projeto político pedagógico e as diretrizes curriculares nacionais de enfermagem”. Espera-se com esse estudo reforçar o ensino de Administração em Enfermagem na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC), e dar maior visibilidade às competências gerenciais, as quais são tão exigidas pelo mercado de trabalho OBJETIVOS Identificar se o ensino desenvolvido nas disciplinas da área de Administração em Enfermagem contempla o desenvolvimento das competências gerenciais. METODOLOGIA A definição dos objetivos apresentados conduziu à opção pela execução de uma pesquisa qualitativa. Dentre as alternativas metodológicas fornecidas pela abordagem qualitativa optou-se pela realização de um estudo de caso, o que possibilita a investigação de um conjunto de informações em seu contexto. O projeto de pesquisa foi aprovado em 7 de abril de 2009 sob nº CAAE - 0037.0.258.000-09 no Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFF. Todos os preceitos da Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, que dispõe sobre a pesquisa com seres humanos foram obedecidos. O cenário foi a EEAAC da UFF e os sujeitos desta pesquisa foram sete docentes que ministram as disciplinas de Administração em Enfermagem do 6º ao 9º períodos na EEAAC. A coleta de dados ocorreu por meio da realização de entrevistas semi-estruturadas, que nos permitiu obter todas as informações pré-estabelecidas e ao mesmo tempo deu liberdade para os sujeitos expressarem seus pensamentos da maneira desejada. O roteiro das entrevistas foi composto por 5 perguntas relacionadas a proposta da pesquisa. Antes da realização das mesmas foi feito um teste do roteiro com uma docente que não fez parte do grupo de sujeitos, e este foi avaliado como adequado aos objetivos da pesquisa. A análise foi realizada através do uso do software Alceste 4.9. A metodologia de análise Alceste trata-se de um programa informatizado que realiza a Análise Lexical Contextual de um Conjunto de Segmentos de Texto. Para tal, um corpus de dados elaborados a partir de textos, oferece ao pesquisador diferentes interpretações ao conteúdo presente na coletânea de textos que versam sobre um determinado assunto com o qual ele irá trabalhar em sua pesquisa. (BAUER, 2002, p. 191). O Alceste opera com o pressuposto de que, quando o corpus do texto é produzido por diferentes indivíduos, o discurso é analisado de diferentes formas, reproduzido com o uso de um vocabulário próprio, específico, que detecta diferentes formas de pensar sobre o fenômeno de interesse. Assim, o Alceste distingue classes de palavras que representam diferentes formas de discurso que discute o fenômeno de interesse. Nesta metodologia, os traços sintáticos das palavras são deixados de lado, pois nem todas as palavras carregam sentido relevante para a análise. RESULTADOS Os dados foram agrupados em 3 categorias. A categoria 1 - “Formação de enfermeiros competentes” aborda as competências que o profissional precisa desenvolver durante sua formação para se tornar capaz de agir eficazmente diante de qualquer situação, levando a inserção do aluno no mercado de trabalho. Destaca-se nesta categoria que as competências mais faladas pelos professores foram a capacidade de observação, para que o profissional consiga estabelecer diagnósticos; a capacidade de liderar para que o profissional consiga estabelecer e tomar atitudes corretas e tenha todo o seu setor sob controle; a capacidade de comunicação para conseguir boas relações interpessoais, tanto com seus companheiros de equipe, como com seus pacientes; e a educação permanente, para que o enfermeiro esteja sempre atualizado para exercer seu papel como elemento orientador e coordenador da assistência. A categoria 2 - “Competências: a importância do seu desenvolvimento” justifica a importância do desenvolvimento das competências no graduando e no profissional de enfermagem, destacando o desenvolvimento destas durante as disciplinas, tomando como base os programas das disciplinas de Administração. Ressalta-se que a recomendação das DCNs é a formação do profissional de Enfermagem orientada para o desenvolvimento de competências. Assim, o ensino tradicional com característica tecnicista que há anos era realizado veio a falência, dando lugar ao ensino baseado em competências, que é o modelo que melhor atende as exigências do mundo do trabalho e da sociedade atual. Os professores demonstram que entendem a importância do ensino baseado em competências, mas esclarecem que na EEAAC, o ensino ainda tem um formato tradicional. Apontam que quando um profissional é crítico e reflexivo, ele se torna capaz de identificar os limites do seu conhecimento e de suas habilidades, as suas características profissionais e pessoais e as suas competências propriamente ditas. Isso se torna indispensável, pois ao identificar suas fraquezas e suas necessidades, ele pode buscar se atualizar, aprofundar seus conhecimentos e melhorar suas habilidades ultrapassando assim, suas dificuldades. Em relação à presença das competências nos programas das disciplinas, os discursos dos professores apontam que algumas das competências constam em alguns dos programas das disciplinas e que o desenvolvimento pleno dessas competências só irá ocorrer na prática profissional. Fala-se também sobre algumas vivências durante a disciplina, que influenciam no desenvolvimento de competências. Ao analisar os programas das disciplinas ministradas por esses professores observamos um contraditório, pois existem disciplinas em que as competências a serem alcançadas pelos alunos estão claramente definidas, se adequando completamente ao que é preconizado pelas DCNs, como Estágio Curricular II, outras que se adequam parcialmente como Enfermagem no Gerenciamento da Assistência em Saúde I e Enfermagem no Gerenciamento da Assistência em Saúde II, e também a que não se adequa como é o caso da disciplina Estágio Curricular I. A categoria 3 - “Faces do ensino prático” aborda as faces do ensino prático, ou seja, mostra que a partir do que é aprendido na teoria, o campo de estágio é o lugar em que o aluno começa a desenvolver suas competências. Os campos de ensino prático da enfermagem são ambientes ricos para o desenvolvimento de competências profissionais. Neles, devem ser criadas situações, tanto pelo docente quanto pela instituição, que façam com que os alunos reflitam sobre suas ações, para assim aprenderem a criar esquemas mentais que o ajudarão a mobilizar recursos cognitivos na sua prática profissional, ou seja, desenvolvam competências durante a sua formação. Os docentes denunciaram uma grande diferença entre o que é visto na teoria e o que é visto na prática. Percebe-se, em suas falas, a preocupação de preparar o aluno para entrar em contato com a prática, mostrando a necessidade de desenvolver competências técnicas e de relacionarem a teoria com a prática. É importantíssimo que o aluno aprenda a ter autonomia, mas os professores apontaram nas entrevistas que isso pode ser dificultado pelo fato do professor está sempre com o aluno durante a prática, como também, quando o aluno fica sozinho apenas com o profissional, pois ele se confunde nos objetivos da disciplina já que o profissional que está com ele não incorpora o papel de professor. CONCLUSÃO Assim, observa-se que os professores de Administração da EEAAC estão preocupados com o desenvolvimento das competências na formação dos seus alunos, futuros enfermeiros, destacando entre outras competências, aquelas definidas pelas DCNs. Sendo assim, a maioria dos professores possui o conhecimento do que é preconizado e tenta implementar isso aos seus alunos, favorecendo a formação de profissionais competentes. Contudo, a maioria dos planos das disciplinas não contempla claramente as competências a serem adquiridas pelos alunos, o que precisa ser adequado através de discussões entre os docentes envolvidos. Compreende-se ainda que para o docente de enfermagem trabalhar baseado em competências, não é necessário apenas o conhecimento e a importância do ensino baseado em competências, eles precisam desenvolver conhecimentos e habilidades didáticas, ser críticos e reflexivos a respeito do seu trabalho para poderem se auto-avaliar, buscando aprendizagem e melhoramento contínuos, sendo capaz de verificar se o seu aluno está conseguindo desenvolver as competências desejadas. REFERÊNCIAS 1. BAUER, MW; GASKELL, G. Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som – um manual prático. Tradução de Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis, Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2002. pág 144. 2. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução n.3 de 7 de novembro de 2001. Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em enfermagem. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 9 de nov. 2001. Seção 1, p.37. 3. BRASIL. Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 23 de dez. 1996. Seção 1, p.27. 5. PERES, A. M.; CIAMPONE, M. H. T. Gerência e competências gerais do enfermeiro. Texto contexto - enferm. vol.15 no.3 Florianópolis July./Sept. 2006


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