Brasil
O “Enfermeiro”, de Machado de Assis, expõe o processo de engodo da própria consciência do narrador-personagem e, por meio de forjadas transparência e sinceridade, pretende corromper o leitor. Este processo ultrapassa a simplicidade da mentira e da deliberação consciente e solicita um grau decente de espontaneidade: a fatalidade engole o crime cometido, o interesse devora a consciência. Configura-se um homem mais complexo que ajustou valores a interesses, e não o conflito romântico entre essência e aparência. Os valores formam-se no conflito, e não nas abstrações seguras
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados