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Resumen de Les "castros" vettons et leurs populations au Second Âge du Fer (Ve. siècle-IIe. siècle av. J.-C.). III, les lieux sacrés: nécropoles, sanctuaires et sacrifices

Christophe Bonnaud

  • français

    Cet article achève notre série sur les castros vettons au Second Âge du Fer. Il est en effet nécessaire, après s'être attardé sur les populations vivant dans ces sites, de s'interroger sur les lieux où pouvaient s'exercer les pratiques religieuses des Vettons lors des quelques siècles précédant la conquête romaine. Nous disposons pour cela, non pas de documents épigraphiques, mais essentiellement d'une documentation archéologique relativement importante du fait des fouilles menées plus systématiquement depuis quelques années. Ces sources archéologiques peuvent être confrontées à quelques rares textes littéraires qu'il convient de manipuler avec précaution. En premier lieu, les nécropoles, certaines ayant été fouillées dès les années 20 du XXe siècle, nous fournissent de nombreuses informations sur les rites funéraires (incinération). Malheureusement, si les nécropoles vettonnes du Second Âge du Fer sont relativement bien connues en comparaison de celles du Haut-Empire, les données qu'elles nous fournissent ne permettent pas de faire un tableau précis de l'évolution des pratiques funéraires ni même de bien connaître le déroulement de la cérémonie de la crémation. Il existait également, dans ou hors des castros, des lieux empreints de religiosité, attestés par l'archéologie, cette dernière ne permettant pas, dans la plupart des cas, de retracer dans les détails les rites pratiqués au sein de ces espaces. Là encore, le problème de l'interprétation des données archéologiques se pose avec acuité. Certains de ces lieux étaient liés au culte de la nature mais d'autres semblent devoir être mis en relation avec le bétail et pouvaient être des lieux de sacrifices, pratique sur laquelle d'autres types de sources nous renseignent également.

  • português

    Este artigo termina a nossa série sobre os castros dos Vetões na II Idade do Ferro. É certamente necessário, após termos incidido a nossa atenção nas populações que vivem nestes locais, interrogarmo-nos sobre os locais onde poderiam ser exercidas as práticas religiosas dos Vetões nos séculos imediatamente anteriores à conquista romana. Neste sentido, temos à nossa dispo- sição, não documentos epigráficos, mas sobretudo uma informação arqueológica relativamente importante em resultado das escavações realizadas com regularidade desde há alguns anos. Tais fontes arqueológicas podem ser confrontadas com alguns, escassos, textos literários, que convém manusear com precaução. Antes de mais, as necrópoles, algumas escavadas a partir dos anos 20 do século passado, fornecem-nos muita informação acerca dos ritos funerários (incinerações). Infelizmente, se as necrópoles vetonas da II Idade do Ferro são relativamente bem conhecidas quando comparadas com as do Alto Império, os dados que nos fornecem inviabilizam a elaboração de um quadro rigoroso sobre a evolução das práticas funerárias, não possibilitando, tão- -pouco, que conheçamos o decurso das cerimónias da cremação. Existiam também, dentro ou fora dos castros, determinados lugares imbuídos de religiosidade, atestados pela arqueologia, não permitindo esta última que, na maioria dos casos, sejam definidos os pormenores dos ritos praticados dentro destes espaços. Também aí, o problema da interpretação dos dados arqueológicos emerge com acuidade. Alguns destes lugares foram relacionados com o culto da Natureza, mas outros parecem ter de ser relacionados com o gado, podendo os mesmos ser lugares de sacrifícios, práticas sobre as quais dispomos de documentação proveniente de outros tipos de fontes.


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