O trabalho que conduziu a esta comunicação teve como objectivo principal conhecer o que os (escassos) autores da especialidade pensam sobre o papel que têm e/ou podem ter as agências noticiosas nacionais numa era de comunicação instantânea e global como a de hoje. Pretendeu-se também sistematizar os desafios que se deparam às agências noticiosas, particularmente as nacionais, num tempo em que a constante evolução tecnológica e as mudanças sociais, culturais, políticas e económicas colocam em cheque a forma tradicional de produzir e difundir notícias. A sua vasta experiência e a credibilidade que tem merecido o seu trabalho são dois trunfos que as agências noticiosas nacionais nunca poderão descurar. Neste início de século, as agências noticiosas nacionais estão como que entre uma "espada real", a existência de um monopólio de escassas agências globais que dificulta o crescimento de quaisquer outras, e uma "parede virtual", constituída pelas incertezas que a Internet traz. Será no saber olhar para esta parede como um espaço novo de acção, e não como uma barreira intransponível, que as agências nacionais poderão reorientar o seu destino. A grande variedade de modelos de propriedade e de níveis de dependência do Estado e dos meios de comunicação social não tem causado ameaças à sobrevivência das agências nacionais europeias, mas são de esperar dificuldades acrescidas se as agências não se souberem posicionar no novo enquadramento mediático mundial.
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