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Les "castros" vettons et leurs populations au Second Âge du Fer (Ve siècle - IIe siècle avant J.-C.). II: l'habitat, l'économie, la société

  • Autores: Christophe Bonnaud
  • Localización: Revista portuguesa de arqueologia, ISSN 0874-2782, Vol. 8, Nº. 2, 2005, págs. 225-272
  • Idioma: francés
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  • Resumen
    • français

      Cet article, qui fait suite à un autre sur l'implantation et les aspects défensifs des castros vettons, s'attache plus précisément aux populations qui ont vécu dans le cadre de ces sites fortifiés au 2d Âge du Fer. Prenant appui sur l'historiographie et les dernières et importantes avancées de la recherche (archéologique) en ce domaine, mais aussi, lorsque c'est possible, sur les rares témoignages littéraires, nous avons tenté de restituer le cadre de vie principal des Vettons durant les siècles précédant la conquête romaine. Ainsi, on s'est attaché successivement à la restitution de l'aménagement de l'habitat, et de la vie quotidienne: quelle était l'étendue de ces villages? Quelle était la fonction des doubles et triples enceintes? Peut-on réellement parler d'une organisation urbaine à l'intérieur de ces murailles? Que nous apprend l'archéologie sur l'aspect des maisons? Quelle évolution ont connu les castros durant le 2d Âge du Fer? Nous nous sommes attardés dans un deuxième temps sur les moyens de subsistance des populations des castros, en particulier sur ce qui devait constituer leur ressource principal: l'élevage. Même si les autres activités, comme l'exploitation des richesses minérales, l'artisanat ou le commerce n'étaient pas négligeables (mais les sources sont rares ou difficiles à exploiter), les Vettons apparaissent en effet avant tout comme des éleveurs, et l'élevage des porcs et des bovins était l'activité essentielle de leur activité pastorale, bien que là aussi, les sources soient lacunaires. A cet égard, il est difficile d'interpréter la très importante statuaire zoomorphe retrouvée en pays vetton. Enfin, en nous aidant de ce que nous apprennent les nécropoles contemporaines des castros, certaines sépultures étant pourvues de mobilier funéraire, nous avons essayé de dresser un tableau général des différentes catégories sociales, bien que l'archéologie funéraire nous renseigne essentiellement sur les milieux dirigeants qui possédaient notamment les armes, les chevaux et sans doute le bétail.

    • português

      Este artigo, que surge na sequência de outro consagrado à implantação e aos aspectos defensivos dos castros vetões, centra-se sobretudo nas populações que viveram dentro da estrutura destes locais fortificados durante a II Idade do Ferro. Apoiando-nos na historio grafia e nos últimos avanços da pesquisa arqueológica neste campo, mas também, quando tal é possível, nos escassos testemunhos literários, tentamos reconstituir a estrutura principal da vida dos Vetões, durante os séculos que precederam a conquista romana. Assim, abordámos sucessivamente a restituição da organização do habitat, e à vida diária: qual era a extensão destas cidades? Qual era a função das muralhas duplas e triplas? Pode realmente falar-se numa uma organização urbana dentro destas paredes? Que nos ensina a arqueologia sobre a configuração das casas? Que evolução sofreram os castros durante a II Idade do Ferro? Incidimos a nossa atenção, num segundo momento, sobre os meios de subsistência das populações dos castros, em particular sobre o que devia constituir o seu recurso principal: a pecuária. Mesmo se as outras actividades, como a exploração das riquezas minerais, o artesanato ou o comércio não fossem insignificantes (embora as fontes seja raras ou de difícil exploração), os Vetões emergem, antes de mais, como criadores de gado, nomeadamente de gado porcino e bovino era a actividade essencial de sua atividade pastoral, se bem que, neste particular, as fontes também se mostrem lacunares. A este respeito, é difícil interpretar a estatuária zoomórfica, muito abundante, encontrada na região vetona. Por último, baseando-nos no que as necrópoles contemporâneas dos castros nos ensinam, e considerando que determinadas sepulturas possuem mobiliário funerário, tentamos elaborar um retrato geral das várias categorias sociais, embora a arqueologia funerária nos informe primeiramente sobre as classes dirigentes, detentoras das armas, dos cavalos e, indubitavelmente, do gado.


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