A utilização de uma perspectiva desenvolvimentista, tem-se revelado fértil, nos trabalhos empíricos e debate suscitados, como grelha de leitura para conceptualizar a transição para a maternidade. De acordo com esta abordagem, a esta etapa do ciclo de vida estão associadas tarefas desenvolvimentais específicas cuja resolução habitualmente se encontra associada à adaptação bem sucedida a esta fase. Entre as tarefas habitualmente apontadas como características desta etapa, destaca-se a reavaliação das relações, passadas e actuais, com a família de origem, nomeadamente com a mãe e o pai. Neste contexto, através de indicadores de saúde mental, reactividade emocional e stress percebido, procurámos avaliar a adaptação à maternidade de 219 mulheres, mães de recém-nascidos. Recolhemos também informação sobre a sua percepção do relacionamento mantido, no passado e na actualidade, com os seus próprios pais. Diversas formas de associação entre as variáveis mencionadas são exploradas de forma a contribuir para o conhecimento do impacto das relações com a família de origem na adaptação à maternidade.
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