Maria do Carmo Raminhas Mendes
A vila de Penamacor teve, durante o período que concerne à Idade Moderna, um papel de destaque no contexto nacional. Pela análise dos Registos Paroquiais à época01, conseguimos destrinçar que, de facto e particularmente após a Restauração de 1640, a vila destacou-se pela sua posição geoestratégica de fronteira, assim como também como pólo dinamizador de difusão da veritas católica determinada por Trento, na raia beirã.
Conjunturalmente, nestes tempos a vila de Penamacor era sede de arciprestado e integrava duas freguesias: Santa Maria e São Tiago. A igreja da primeira freguesia era a matriz da vila, mas a freguesia de São Tiago também tinha a sua igreja e em ambas se realizavam celebrações importantes, como os crismas, cerimónias presididas pelos bispos da diocese da Guarda02. Eram estas igrejas anualmente visitadas pelos bispos ou pelos visitadores por estes nomeados, e as gentes primavam pelo cumprimento rigoroso dos preceitos religiosos, de acordo com o imposto pelas Constituições Sinodais do bispado.
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