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Cidadania para todos. A escola na mediação para a sustentabilidade da saúde social

  • Autores: Carlos H. Fortes Antunes
  • Localización: Promoção e educaçã opara a saúde: Inovação paraa sustentabilida de e o bem-estar / coord. por Marcelo Coppi, Hugo Oliveira, Ana Maria Cristovão, Jorge Bonito, 2025, ISBN 978-972-778-439-4, págs. 271-282
  • Idioma: portugués
  • Texto completo no disponible (Saber más ...)
  • Resumen
    • A formação dada pela escola assente em ideias cartesianas, de divisão e simplificação, deixou de se ajustar a um mundo cada vez mais global e complexo. Visando “dar uma educação de qualidade a todos e a todas”, a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC) surge como projeto fundamental para o futuro dos portugueses, propondo-se facilitar o acesso a novas ferramentas, mais adequadas a explorar a complexidade. O referencial da ENEC dá garantias de ser uma ferramenta de excelência, correspondendo ao desafio colocado aos profissionais que o elaboraram e dando “corpo” ao projeto. A avaliação dos alunos em cidadania passa pela aferição de competências “mentais” pré-estabelecidas. Mas além de não existirem sinais de haver um controlo do impacto da ENEC na sociedade, é esquecido um dos três pilares da saúde, “o social”, tal como definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste trabalho pretendemos analisar o posicionamento da escola na aplicação do referencial da ENEC, e a articulação deste com a teoria da complexidade e com os resultados de transformação social esperados. Fizemos uma abordagem metodológica híbrida, assente na teoria crítica, com uma ontologia interativa. Usámos como ferramenta de análise um referencial triádico matéria-espaço-tempo, construído em investigação empírica assente em 12 grupos focais. Resultados e discussão: As crianças e os jovens enquadráveis na ENEC representam apenas 19% da população. Como só terão capacidade para intervir socialmente daqui a 10 a 15 anos, os efeitos, positivos ou negativos, da aplicação da ENEC na sociedade, só poderão ser medidos nessa altura. Da investigação empírica ressalta que as pessoas com mais de 65 anos estão focadas no passado e em si mesmas, e aquelas com menos de 65 anos estão focadas no presente e nas relações, ou seja, quase não se relacionam no espaço-tempo. Aplicar a ENEC às pessoas a quem, no passado, a escola transmitiu métodos de simplicidade, iria permitir identificar um campo de relação comum a toda população, aberto à complexidade e ao futuro, permitir um controlo sistemático da aplicação global da ENEC, e evitar uma discriminação geracional. Conclusão: ao não se abrir a ENEC ao resto da sociedade, limitando-a à relação fechada escola-aluno, corre-se o risco de que a população não-escolar possa vir a ser mantida no quadro da simplicidade, mais sujeita às ações de governos menos democráticos, e de que a escola, em vez de ocupar o eixo central da diversidade e da intercultura, continue a manter uma homogeneidade tolerante.


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