This paper aims to identify the growing participation of leases in the land grabbing processes underway in Brazil with the financialisation of agriculture and livestock production. From the point of view of the bioeconomic imperative, the following spatial implications may be pointed out: the pressure to incorporate new productive areas and their spatial specialisations aimed at globalised production and consumption, the forms of organisation associated with the privatisation of biodiversity and the challenges to territorial planning in the face of the consequences of environmental problems with the progressive scarcity and financialisation of land and its natural resources. The growth of the financialisation of agriculture also presents itself as an element of updating the agrarian question, in which the characteristics of inequalities persist with new social, ecological and economic consequences. In this scenario, the companies in the pulp sector stand out, along with the corresponding expansion of leased areas. Legal changes in recent years have made the leasing and acquisition of land by foreigners more flexible, evidenced by data on leasing operations in the financial statements and balance sheets of companies in the pulp sector in Brazil as of 2018, as in the cases of Veracel (owned by partners Suzano and Stora Enso) and Bracell.
Este estudo visa identificar a participação crescente dos arrendamentos nos processos de land grabbing em curso no Brasil com a financeirização da produção agropecuária. A partir da perspectiva do imperativo bioeconômico, podem ser apontadas como implicações espaciais: a pressão por arrecadação de novos espaços produtivos e suas especializações espaciais voltadas à produção e consumo globalizados, as formas organizacionais associadas à privatização da biodiversidade e os desafios ao ordenamento territorial face às consequências da problemática ambiental com a progressiva escassez e a financeirização da terra e de seus recursos naturais. O crescimento da financeirização da agricultura se apresenta ainda como um elemento de atualização da questão agrária, em que persistem as características de desigualdades com novas consequências sociais, ecológicas e econômicas. Neste cenário, destacam-se as empresas do setor de celulose e a respectiva expansão de áreas arrendadas. A partir de alterações normativas dos últimos anos houve maior flexibilização de arrendamento e aquisição de terras por estrangeiros, como evidenciam dados das operações de arrendamentos nas demonstrações financeiras e nos balanços patrimoniais de empresas de setor de celulose no Brasil a partir de 2018, como nos casos das empresas Veracel (das sócias Suzano e Stora Enso) e Bracell.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados