José Antonio Linares Catela, Coronada Mora Molina
Nos monumentos funerários da província de Huelva é freqüente a presença de figuras antropomórficas. Nos dólmens estão principalmente placas gravadas e figuras bitriangulares de xisto, que compartilham espaços e padrões de deposição semelhantes, e ocasionalmente as chamadas «baculos». O uso destes elementos começa no IV milênio em espaços funerários chegando ao meio do III milênio cal. a.C. como ofertas intencionalmente fragmentadas nos espaços externos (frente e átrio) e entradas para os túmulos em vários conjuntos do Andévalo oriental. Desde o fim do quarto milênio e durante o terceiro milênio a.C., existem outros tipos de figuras antropomórficas fabricadas em diferentes matérias-primas e que ocupam tanto os espaços internos como os frontais externos dos dólmens, como evidenciado pelo figurino cerâmico bicônico com peitos de El Casullo, a cerâmica lisa e tolvas de calcário de Valdelinares ou o ídolo ósseo de Soto. No Tholoi o padrão é diferente, sendo registrado como parte da mobilização do acompanhamento aos mortos. Apenas no caso do túmulo de São Bartolomé foi registada uma placa decorada. Os restantes artefactos sao de natureza e matéria-prima diferentes, elementos de pedra ovóide no sepulcro de San Bartolomé ou três objetos cerâmicos (tapete, vaso zoomorfo e placa com decoração ocular/soliforme) e dois elementos baculiformes no sepulcro de La Zarcita.
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