José Enrique Benlloch del Río, José Enrique Benlloch Castiñeira
En los meses postreros de 1585 y primeros de 1586 se produce una demanda judicial contra un mercader alemán y su socio por la actividad de ambos en Muxía y Camariñas. Éstos llegaron a la ría en su propia embarcación tras haber recalado en A Coruña con un cargamento de centeno. Más allá de la disparidad en la proporción impositiva según la localidad portuaria en cada ocasión y la acusación de impago de alcabalas, la denuncia nos remite a la prohibición de la exportación de moneda. Según este precepto lo recaudado por un comerciante foráneo en ventas lo debe gastar en adquisiciones locales obligatoriamente;
de lo contrario no se le permite abandonar el reino. Por otra parte, como es un momento de necesidad, si se obstaculiza la circulación del pan, empeorará la situación de hambruna, algo de lo que es consciente el procurador general coruñés, quien en consecuencia actúa contra la jurisdicción del condado de Altamira que retiene a los extranjeros y su dinero.
.
Nos últimos meses de 1585 e nos primeiros meses de 1586, foi instaurado um processo contra um mercador alemão e o seu sócio pela sua atividade em Mogia e Camarinhas. Eles tinham chegado à ria em embarcação própria depois de aportarem na Corunha com uma carga de centeio. Para além da disparidade na proporção das taxas em função da cidade portuária em cada ocasião e da acusação de não pagamento de alcabalas, a queixa remete-nos para a proibição de exportação de divisas. De acordo com este preceito, o que um mercador estrangeiro arrecada em vendas deve ser gasto em compras locais; caso contrário, não lhe é permitido sair do reino. Por outro lado, como se tratava de uma época de necessidade, se a circulação do pão fosse dificultada, a situação de fome agravar-se-ia, o que era do conhecimento do procurador-geral da Corunha, quem, consequentemente, atuou contra a jurisdição do condado de Altamira, a qual retinha os estrangeiros e o seu dinheiro.
In the last months of 1585 and the first months of 1586, a lawsuit was brought against a German merchant and his partner for their activities in Muxía and Camariñas. They had arrived in the estuary in their own vessel after previously having docked in A Coruña with a cargo of rye. In addition to the disparity in the proportion of sales taxes depending on the port on each occasion and the accusation of non-payment of taxes, the complaint refers us to the prohibition on the export of currency. According to this precept, what a foreign merchant collects in sales must be spent on local purchases; otherwise he is not allowed to leave the kingdom. On the other hand, as it was a time of need, if the circulation of bread was hindered, the famine situation would worsen, something of which the procurator general of A Coruña was aware, who consequently acted against the jurisdiction of the county of Altamira, responsible for the detention of the foreigners and their money.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados