G. O. Cardoso, Maria Isabel Prudêncio, A. Zink, M. Dias, J. C. Waerenborgh
A more general project regarding Portuguese prehistoric ceramics, has already allowed the establishment of pottery provenance and production technologies. In that work, the establishment of firing temperatures by X-ray diffraction has pointed out several questions, particularly when low temperature phases have been identified in a great group of samples. In this work we intend to contribute for a better definition of firing temperatures of archaeological ceramics. Methodology includes X-ray diffraction (XRD) of the bulk sample and the clay fraction, instrumental neutron activation analysis (INAA), Mössbauer spectroscopy (MS), and thermoluminescence (TL). The identification of clay minerals in some ceramics, as well as the significant presence of iron oxides (essentially hematite) with nanometre granulometry, suggests that pottery was not fired at temperatures above 500ºC, or had had post-burial alterations. The already obtained TL results have been more enlightening, with the differentiation of two types of behaviour, one reflecting maximum firing temperatures lower than 550ºC, and other that also points to that firing temperature, but in addition presents modifications in the crystalline net that could reflect post-burial alterations.
Um projecto mais vasto sobre cerâmicas pré-históricas permitiu já determinar proveniências e tecnologias de produção para uma rede de povoados da Beira-Alta, Portugal. Nesses trabalhos, o estabe-lecimento das temperaturas de cozedura por difracção de raios-X levantou uma série de questões, nomeadamente quando foram identificadas fases de baixa tem-peratura num grande grupo de amostras. Pretende-se com este trabalho contribuir para uma melhor definição das tem-peraturas de cozedura atingidas na pro-dução de cerâmicas arqueológicas. Recorreu-se à difracção por raios-X (DRX) da amostra total e da fracção argilosa, ao método instrumental de análise por activação com neutrões (AAN), à espectroscopia de Mössbauer (EM), e à termoluminescência (TL). A identificação de minerais argilosos em algumas cerâmicas, bem como a presença significativa de óxidos de ferro (essen-cialmente hematite) com granulometria nanométrica, sugere que, ou a cerâmica não foi aquecida a temperaturas superiores a 500ºC, ou houve alterações pós-deposicionais. Os resultados até agora obtidos para a TL, foram mais esclarecedores, observando-se dois tipos de comportamento, um que reflecte tem-peraturas máximas atingidas durante o processo de cozedura inferiores a 550ºC, e outro que para além de apontar também para esta temperatura de cozedura, apresenta modificações na rede cristalina que poderão traduzir fenómenos naturais, como alterações pós deposicionais.
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