Resumen de Inovação tecnológica, economia solidária e tecnologia social: aproximações e distanciamentos
Empreendimentos de base solidária podem ser entendidos como alternativas ao capitalismo, adquirindo a inovação um papel importante para esses empreendimentos poderem competir no mercado. E nem sempre entra em debate a questão de transferência de tecnologias heterogestionárias para arranjos autogestionários, tendendo-se a produzir inserções subordinadas destes empreendimentos na periferia do capitalismo e reproduzir assimetrias econômicas e políticas. A Tecnologia Social oferece importantes contribuições a partir do associativismo e de formas participativas e democráticas de produção de processos, técnicas e tecnologias. A ideia de inovação, por outro lado, apresenta relação com o esforço de mercado centrado na obtenção de vantagens competitivas. Nesse sentido, seria possível pensar a inovação a partir de uma base centrada em empreendimentos solidários em uma perspectiva de tecnologia social? Busca-se compreender os sentidos e as dinâmicas da inovação, da economia solidária e da tecnologia social a fim de pensar possíveis imbricações entre estas, questão fundamental para instituições de ensino que tomam a tecnologia social e a atuação local e regional como bases de sua política, e que incorporam a lógica da inovação, como os Institutos Federais no Brasil.
