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Resumen de Adhesión al régimen terapéutico: en la transición de la oxigenoterapia para a ventilaçión [sic] no-invasiva en pacientes con enfermedad pulmonar obstructiva crónica

António José Pinto de Morais

  • A falta de adesão dos doentes crónicos aos regimes terapêuticos de longo termo continua a ser elevada, constituindo, mesmo nos países desenvolvidos, um problema sério, de magnitude alarmante.

    Este estudo procura obter, a partir das vivências das pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) submetidas à ventilação não invasiva (VNI) e das pessoas que lhe estão mais próximas ou lhe são mais significativas, a construção de uma estrutura teórica coerente e sólida sobre o processo de adesão ao regime terapêutico na doença crónica.

    Para o efeito a abordagem metodológica utilizada enquadra-se no paradigma qualitativo, recorrendo-se à Grounded Theory desenvolvida originalmente por Glaser e Strauss.

    A recolha de dados foi realizada durante dois períodos distintos, o primeiro entre Novembro de 2009 e Março de 2010 e o segundo entre Setembro e Dezembro de 2010, tendo recorrido à observação e à entrevista.

    Os participantes deram origem a três grupos amostrais: os doentes com DPOC submetidos à VNI, os cuidadores familiares e os profissionais de saúde.

    A análise dos dados foi feita pelo método de comparação constante por grupo amostral, adoptando-se os princípios e regras de codificação aberta, axial e selectiva e a triangulação de dados.

    Como resultado final da pesquisa concluiu-se que, a adesão da pessoa com doença pulmonar obstrutiva crónica ao regime terapêutico processa-se num domínio de intervenção multidisciplinar, numa estrutura constituída por cinco dimensões: conscientização, aceitação, implementação, reestruturação e manutenção.

    Este resultado reflecte as seguintes considerações:

    1 - O tempo investido na conscientização vai no sentido de alterar as percepções ou significações sobre a gravidade e vulnerabilidade à doença, os ganhos de saúde em implementar a VNI do domicílio e os riscos da não adesão.

    2 - Esta tomada de consciência é facilitadora da aceitação do regime terapêutico, caracterizada pela integração da doença e do regime terapêutico, pela adaptação à máscara.

    3 - A implementação da VNI no domicílio determina mudanças profundas na organização familiar, no sentido de garantir a estabilidade e a sobrevivência familiar.

    4 - Por fim, para manter a adesão ao regime terapêutico torna-se necessário a realização de visitas domiciliárias regulares.

    Ainda, no âmbito das conclusões devemos salientar:

    - A VNI é iniciada devido ao agravamento da DPOC, caracterizada pelos doentes pelo cansaço, falta de força e falta de ar;

    - Os benefícios referidos são a redução da fadiga, a melhoria do sono e do aspecto físico, o aumento da força e a diminuição da dispneia;

    - As dificuldades sentidas são o desconforto, os ruídos e a intolerância à máscara e ao ventilador;

    - A família e os vizinhos são recursos importantes na realização das actividades de vida diária, das actividades instrumentais de vida diária e na gestão do regime terapêutico;

    - A adaptação à máscara e ao ventilador em contexto hospitalar é apontada como fundamental no processo de aceitação deste regime terapêutico;

    - O envolvimento do familiar cuidador na preparação do regresso a casa e nas acções de ensino, instrução e treino são requisitos para a sua implementação domiciliária;

    - A introdução da VNI no domicílio implica alterações nas funções e tarefas;

    - O apoio domiciliário técnico/ formal é apresentado com um meio importante para manter a VNI.


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