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El sentido del número: una experiencia de aprendizaje y desarrollo en educación infantil

  • Autores: Marina Rodrigues Faria
  • Directores de la Tesis: José Luis Ramos Sánchez (dir. tes.)
  • Lectura: En la Universidad de Extremadura ( España ) en 2010
  • Idioma: portugués
  • Tribunal Calificador de la Tesis: Isabel Cuadrado Gordillo (presid.), Hugo Alexandre Lopes Menino (secret.), Joana Maria Leitâo Brocardo (voc.), Luis M. Casas García (voc.), Maria de Lurdes Marques Serrazina (voc.)
  • Materias:
  • Texto completo no disponible (Saber más ...)
  • Resumen
    • Com este estudo pretende-se contribuir para a análise do desenvolvimento do sentido de número em crianças em idade pré-escolar, estudando e reflectindo sobre o corpo teórico que o enforma e procurando analisar, empiricamente, os aspectos desse desenvolvimento relacionados com a contagem de objectos e com o estabelecimento de relações numéricas de modo informal.

      Os objectivos definidos são os seguintes:

      - Compreender como as crianças em idade pré-escolar desenvolvem o sentido de número e que estratégias utilizam quando resolvem problemas numéricos em contextos do seu dia-a-dia;

      - Proporcionar experiências de aprendizagem que facilitem, promovam e estimulem o desenvolvimento das competências numéricas nas crianças.

      Sentido de número é aqui entendido como o conhecimento global e flexível dos números e das operações com o objectivo de desenvolver estratégias úteis e eficazes na resolução de problemas com os quais somos confrontados enquanto cidadãos activos.

      A investigação segue uma metodologia qualitativa, realizando-se um trabalho de natureza etnográfica considerada uma opção metodológica particularmente adequada para o estudo desta faixa etária uma vez que dá à criança uma participação activa, uma voz directa, não conseguida através de outras metodologias. A observação naturalista e participante foi julgada primordial uma vez que se deseja a obtenção de um conjunto de dados suficientemente vasto para permitir dar conta da trajectória de aprendizagem percorrida pelas crianças (Yin, 1989).

      Pretende-se a criação de um cenário pedagógico em que se manifestem as formas de pensamento, as decisões, as dificuldades e as opções das crianças no confronto com as situações apresentadas.

      No contexto desta investigação houve um grande envolvimento da investigadora que foi a principal interveniente quer na planificação, quer na implementação e na reflexão sobre as tarefas.

      Os resultados da investigação incluem uma grande componente descritiva, na medida em que procuram tornar clara a trajectória de aprendizagem percorrida pelas crianças ao longo de cada tarefa, e no decurso de toda a cadeia de tarefas, incluindo a forma como foram aperfeiçoando e ampliando os seus modelos das situações tratadas, o tipo de procedimentos que adoptaram e as estratégias e raciocínios que efectuaram.

      Os dados analisados e as sínteses daí resultantes reportam-se a um conjunto de crianças que, no ano lectivo de 2007/2008 frequentavam três salas de três Jardins-de-Infância situados em diferentes contextos geográficos e socioculturais.

      Os resultados obtidos mostram que, embora se tivesse constatado que as crianças possuíam algum desenvolvimento numérico realizado anteriormente à implementação desta cadeia de tarefas, nomeadamente algumas capacidades aliadas à contagem oral e à contagem de objectos, a sua implementação contribuiu para o desenvolvimento das competências inicialmente definidas (dar significado aos números; compreender a importância dos números no quotidiano; desenvolver competências de contagem; desenvolver a capacidade de estabelecer relações numéricas).

      As crianças evoluíram, desenvolvendo estratégias de contagem complexas e estabelecendo relações numéricas progressivamente mais elaboradas. Foi claro que muitas crianças conseguiram realizar raciocínios numéricos complexos, situados já não ao nível da concretização, mas utilizando representações (dedos das mãos) ou mesmo procedimentos puramente mentais.

      O trabalho realizado permitiu-nos, também, complementar e reforçar, de forma empírica, indicações que a investigação neste domínio sugere. Nomeadamente, reforçámos a ideia de que (Baroody, 2002, Fosnot e Dolk, 2002, Fuson, 1988) é a partir do conhecimento da sequência numérica e das competências de contagem que as crianças vão desenvolvendo outras competências numéricas. No mesmo sentido, esta investigação veio contrariar algumas ideias piagetianas, ao apresentar evidências de que as crianças, mesmo que ainda não tenham adquirido determinadas estruturas lógicas, nomeadamente as de conservação e de relação assimétrica, conseguem desenvolver as suas competências numéricas. Na realidade, mostrámos como ambientes e situações de aprendizagem apropriados, valorizando a interacção social, propiciam o desenvolvimento numérico das crianças, independentemente do seu desenvolvimento lógico (no sentido que lhe é dado por Piaget).

      Assim, surgem reforçadas as teses de Fosnot e Dolk (2001) de acordo com os quais as crianças não constroem ideias matemáticas de forma organizada e sequencial mas sim como resultado de experiências diversificadas e em contextos significativos onde ideias eventualmente menos adequadas se vão confrontando com outras mais apropriadas e o conhecimento matemático se vai construindo num ambiente de interacção social.


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