Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


A passagem do Mesolítico ao Neolítico na costa do Alentejo

  • Autores: João Zilhão
  • Localización: Revista portuguesa de arqueologia, ISSN 0874-2782, Vol. 1, Nº. 1, 1998, págs. 27-44
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      It has recently been argued that a slow piecemeal adoption of the Neolithic package by local hunter-gatherers is documented in coastal Alentejo by a pattern of specialised functionality of settlement sites in the period between 6000 and 5000 cal BC: some would be temporary camps focused on foraging activities while others would be base camps focused on agriculture. Careful taphonomic analysis of the data shows the model to be empirically untenable: the supposed Neolithic temporary camps are pure Mesolithic shell-middens; and the supposed Neolithic base camp, Vale Pincel I, is an extensive, eroded site where post-depositional disturbance created a palimpsest of late Mesolithic, epicardial and middle Neolithic occupations. The ages between ca. 5400 and ca. 5600 cal BC obtained for the hearths radiocarbon dated at Vale Pincel I must relate to the Mesolithic use of the area. Such features are identical to those found at the adjacent pure Mesolithic site of Vale Marim and present a pattern of exposure through differential erosion of underlying Pleistocene sands known at many other coastal Mesolithic sites (such as Ponta da Vigia or Palheirões do Alegra). The typology of the Vale Pincel ceramics independently confirms that the advent of the Neolithic in the area is no earlier than ca. 5000 cal BC.

    • português

      A hipótese de que a passagem do Mesolítico ao Neolítico na costa alentejana terá sido um processo gradual caracterizado pela adopção faseada dos diversos elementos do "pacote neolítico" assenta na suposta existência na região, entre 6000 e 5000 cal a.C., de um sistema de povoamento logisticamente organizado, compreendendo acampamentos temporários ligados a actividades de caça e recolecção praticadas por comunidades agrícolas habitando aldeamentos (acampamentos-base). A análise tafonómica das jazidas em questão mostra que este modelo não tem fundamentação empírica possível: os supostos acampamentos temporários neolíticos não são senão concheiros mesolíticos; e o presumível aldeamento neolítico de Vale Pincel I é uma extensa jazida em que a erosão e os processos de alteração pós-deposicional criaram um palimpsesto de ocupações do Mesolítico final, do Neolítico epicardial e do Neolítico médio. A cronologia de 5400-5600 cal a.C. obtida para as lareiras datadas em Vale Pincel I deve estar relacionada com a ocupação mesolítica da zona. As estruturas em causa são idênticas às identificadas no sítio mesolítico adjacente de Vale Marim e foram afectadas por processos de erosão diferencial das areias plistocénicas subjacentes semelhantes aos identificados em muitos outros sítios mesolíticos do litoral português (Ponta da Vigia ou Palheirões do Alegra, por exemplo). A tipologia da cerâmica de Vale Pincel confirma que o advento do Neolítico na região é posterior a cerca de 5000 anos cal a.C..


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno