Resumen de Cinética de detecção de coproantígeno utilizando anticorpo policlonal anti-fêmea partenogenética ou anti-ovo na estrongiloidíase experimental
Ana Lúcia Ribeiro Gonçalves, Edson Fernando Carvalho Goulart, Karine Canuto Loureiro de Araújo, Marlene Tiduko Ueta, Julia Maria Costa Cruz
Os conhecimentos a respeito dos mecanismos que o parasito do gênero Strongyloides utiliza para evadir da resposta imune do hospedeiro tanto na estrongiloidíase humana quanto em modelos experimentais são ainda insipientes. Tendo como modelo experimental o roedor Rattus norvegicus, o hospedeiro natural de Strongyloides venezuelensis, acredita-se que a padronização de novas reações imunológicas para detecção de antígenos representa potencial perspectiva para diagnóstico da infecção humana. Este estudo teve por objetivo avaliar a cinética de detecção de coproantígenos de S. venezuelensis em amostras de fezes de ratos não imunossuprimidos ou imunossuprimidos e experimentalmente infectados por S. venezuelensis. O teste enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) foi realizado para detectar antígenos em sobrenadante fecal de ratos não imunossuprimidos ou imunossuprimidos, utilizando anticorpo policlonal anti-femêa partenogenética ou anti-ovo de S. venezuelensis produzidos em coelho. A análise estatística foi realizada por ANOVA, seguida pelo teste de Bonferroni. Considerou-se p < 0,05 como significante. O exame parasitológico de fezes mostrou que os ovos começaram a ser liberados no dia 5 pós infecção (p.i). No dia 8 p.i, o aumento na eliminação de ovos em ambos grupos foi estatisticamente significante (p<0,01), sendo que os animais imunossuprimidos eliminaram mais ovos/g de fezes. A detecção de coproantígenos utilizando anticorpo anti-fêmea partenogenética de S. venezuelensis ocorreu a partir do dia 5 p.i em ambos grupos, com pico de reatividade no dia 21 p.i para os animais não imunossuprimidos (p<0,01). Utilizando anticorpo anti-ovos de S. venezuelensis, observou-se pico de reatividade no dia 8 e 21 p.i. Concluiu-se que a detecção de coproantígenos utilizando anticorpo policlonal de fêmea partenogenética ou ovo de S. venezuelensis é ferramenta diagnóstica promissora para o imunodiagnóstico da estrongiloidíase humana. Apoio Financeiro: FAPEMIG, CAPES, CNPq e UFU.
