A estrongiloidíase causada pelo nematódeo Strongyloides stercoralis (Bavay, 1876) é uma parasitose humana negligenciada e quando limitada ao trato gastro-intestinal geralmente é assintomática em hospedeiro imunocompetente, podendo tornar-se infecção disseminada ou hiperinfecção em casos de imunossupressão. Para o estudo da infecção humana bem como para a biologia de seu agente causador, tem sido utilizado como modelo experimental o parasito da espécie Strongyloides venezuelensis (Brumpt, 1934). Esses helmintos parasitam roedores silvestres, e podem ser favoravelmente mantidos em roedores de linhagens desenvolvidas para uso na pesquisa. Ratos e camundongos são facilmente sustentados em laboratório, eliminam considerável número de ovos nas fezes, a coprocultura não oferece risco de infecção para os manipuladores e o tempo na estufa é reduzido. Assim, pode-se manter a produção de antígeno no laboratório de forma constante e segura. Desse modo, acredita-se que o estudo experimental baseado na detecção de antígenos, anticorpos e imunocomplexos em diferentes amostras biológicas de hospedeiros imunossuprimidos pelo teste ELISA representa potencial perspectiva para diagnóstico da infecção humana, sinalizando importância de aplicabilidade na clínica de pacientes imunodeprimidos.
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